sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Tucson, Arizona

Segunda-feira, 13/Jul (46º dia de viagem) e Terça-feira, 14/Jul (47º dia de viagem)
Hoje pela manhã nos despedimos de Manuel, nosso grande amigo mexicano, que em companhia de sua esposa Sandra nos acolheu em sua casa em León, que nos ensinou muitos e muitos segredos do México, de suas tradições, de sua cultura, de sua culinária, de seu povo, e nos conduziu por lugares maravilhosos de seu País, para pudéssemos admirar as maravilhas com que a natureza o contemplou.
Depois de um demorado abraço, nenhuma palavra. Cadê minha voz? Minha garganta está trancada! Não consigo falar! Preciso agradecer a ele tudo o que fez por nós, desejar boa viagem de retorno para a sua León, mas não consigo.
Amigo Manuel, te desejamos uma excelente viagem de retorno para o seu lar, e do fundo dos nossos corações, te agradecemos tudo o que fizeste por nós. Que Deus te acompanhe nesta viagem de retorno.
Ao final da tarde, estávamos em Água Prieta, na fronteira com os Estados Unidos. Paso fronteiriço com razoável movimento e muito bem organizado. Fomos atendidos em sala com ar condicionado, sem tramitadores, sem precisar preencher qualquer formulário, sem fotocópias. Apenas precisamos pagar 6 dólares por pessoa, para uma permissão de trânsito pelos Estados Unidos.
Pernoitamos em Douglas, Arizona, no Hotel Gadsen.
Nosso primeiro dia nos Estados Unidos amanheceu com céu limpo e convidativo para desfrutar as excelentes rodovias americanas. Os primeiros raios do sol já nos encontraram a rodar, eis que tínhamos um compromisso agendado em Tucson: revisão das motos. Precisávamos estar lá antes das 10, tínhamos 190 quilômetros pela frente.
De repente, uma surpresa: encontramos a velha cidade de Tombstone, aquela mesma onde viveu o famoso xerife Wyatt Earp, tão temido pelos bandoleiros da época do faroeste. E não era uma reconstituição. Tudo verdadeiro, perfeitamente conservado. Lá estava o Saloon, onde se dançava o Can Can, vaqueiros jogavam cartas e bebiam cerveja; o estábulo, a ferraria, a igreja, o banco, a estação de diligências. Tudo!
Queríamos ficar mais tempo por ali, conhecer melhor aquela relíquia, conversar com os moradores locais, saber um pouco mais da história americana, daquela época do velho oeste, de bandoleiros, índios e mocinhos. Mas tínhamos o compromisso em Tucson para a revisão das motos, afinal já rodamos 8 mil quilômetros desde a última, feita em Quito. Um lugar para voltar, com mais tempo.
Já em Tucson, enquanto aguardamos o trabalho dos mecânicos, aproveitamos a oportunidade para por em dia as mensagens na internet, lavação de roupas, e porque não, um citytour. Nosso roadcaptain de pronto providenciou o aluguel de um carro, e lá fomos nós conhecer a cidade cenográfica Old Tucson, onde foram rodados grandes clássicos do faroeste, como as séries Chaparral e Bonanza, e muitos bang bang do John Wayne, como McLintock, Rio Lobo, e El Dorado. Percorremos toda a cidade, confortavelmente (sic) instalados a bordo de uma diligência, reprodução fiel das utilizadas nos tempos da Wells Fargo. Só faltou sermos assaltados por bandoleiros, ou sofrermos um ataque de índios.
Ao final da tarde, uma excelente: o pneu dianteiro da minha moto foi trocado na garantia, porque apresentava defeito de fabricação, desgaste irregular na banda de rodagem. E não foi necessário implorar, nem aguardar meses, nem a intervenção de advogado.
Muro que divide México/USA, em Água Prieta

Terezinha em Tombstone

Na revenda HD em Tucson

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