segunda-feira, 2 de abril de 2012

De volta para casa

O percurso até León – quatrocentos quilômetros aproximadamente - fizemos em pouco mais de quatro horas, sempre pelas excelentes carreteras de cuotas. Lá nos aguardavam para o almoço, os amigos Manuel e Sandra.
À noite, fui com Manuel à reunião do seu grupo de motociclistas, o Iron Wings. Gente amiga, reúnem-se semanalmente, sempre nas quintas-feira, em um local agradável, alugado especialmente para isto. É a sede do grupo. Bom papo, e jantar melhor ainda. Para aquela ocasião, como que para uma despedida minha da saborosa comida mexicana, foi servido tacos de arrachera. Estava tudo muito delicioso.
Dia seguinte, trinta de março, sexta-feira, hora de vir embora. Despedimo-nos de Sandra, que pela manhã nos preparou um excelente desayuno, e Manuel nos levou até o aeroporto. De lá, ele ainda faria um favor para nós: entregar o carro para a locadora.
Ao embarcarmos no avião que nos levaria até a capital mexicana, uma grata surpresa: era um jato da Embraer. Respirei fundo, estufei o peito, empinei o nariz e fui em frente, confiante de que teríamos uma viagem tranquila. Mas que nada. Na rota, muita turbulência, fez o nosso pequeno avião sacolejar como um automóvel rodando em estrada esburacada. Valente, venceu a batalha, e em pouco mais de meia hora aterrisávamos na Cidade do México, para fazer a conexão para o Brasil.
Chegamos em São Paulo ao amanhecer, um “breve” pitstop no aeroporto de Guarulhos até as quatro da tarde, e às cinco em ponto, aterrisávamos em Florianópolis, onde nos aguardavam nossos filhos André e Fernando, e a neta Ana Luiza. Como é bom reencontrar eles depois de quarenta dias sem nos ver.
Ao finalizar este breve relato, gostaria de registrar nossos sinceros agradecimentos:
– Aos Grandes Caciques Fazedores de Chuva Manuel Quintana (El Médico Brujo) e sua adelita Sandra, pelo apoio, pelas orientações, pela hospitalidade, e sobretudo, pela agradável companhia que foram;
– Ao simpático casal Fernando e Sofia, de Guadalajara, que nos acolheram em seu lar, proporcionando-nos uma excelente tarde de domingo, com almoço e boa conversa, prenúncio de uma grande amizade;
– Ao Grande Cacique Fazedor de Chuva Dolor, que foi nosso garupa virtual (opsss! Não estávamos de moto), digo, nosso carona virtual;
E deixar registrado que trazemos do México, e do povo mexicano, as melhores impressões. Foram quarenta dias de viagem, em carro, de sul ao norte, desde a fronteira com a Guatemala até a fronteira com os Estados Unidos, onde não tivemos nenhum tipo problema, quer de segurança, quer de relacionamento. Onde chegávamos, éramos muito bem recebidos e tratados, mesmo por desconhecidos.
Rodar pelas rodovias mexicanas, é uma tranquilidade. Muito seguras, com patrulhas e pontos de verificação do Exército, da Marinha, ou da Polícia Federal, ao longo de todos os percursos. Rodamos por centenas de quilômetros em rodovias secundárias na fronteira com a Guatemala, sem encontrar o menor obstáculo. Cruzamos toda a Baja California Sur, e a Baja California, por estradas desertas, mas muito seguras devido a um trabalho incessante dos órgãos de segurança, sempre presentes.
México, um país que trazemos no coração.
México, um país que ainda voltaremos para visitar o que faltou.
GCFC Osmar e Terezinha
Uma pista elevada, para desafogar o trânsito na capital mexicana

Assim são as autopistas de cuotas

León, vista geral

Aeroporto Internacional de Guanajuato, em León