sábado, 31 de janeiro de 2015

Torres del Paine

Puerto Natales – Torres Del Paine: 12º e 13º dias da viagem.
Segunda e Terça-feira, 29 e 30 de dezembro de 2014.
Iniciamos a viagem de retorno. A previsão de rodarmos cerca de 775 quilômetros até Puerto Natales, na Patagônia Chilena. Então, aos primeiros raios de sol, demos partida nos motores. Fazia frio, muito frio, certa de 4º C. Vesti toda a roupa que levava, inclusive a capa de chuva. Liguei os aquecedores de manoplas, e bancos, em temperatura máxima. Ficou confortável. Até a próxima, Ushuaia!
Já próximo à cidade de Rio Grande, começou a chover, não muito forte, mas o suficiente para preocupar, pois logo à frente teríamos o trecho em rípio. Para felicidade nossa, a chuva passou logo e pudemos cruzar pelo ripio sem poeira, sem lama, e sem imprevistos.
Depois, já a bordo do Transbordador Austral cruzando o Estreito de Magalhães, chegamos a duas importantes conclusões:
·         Estrada de ripio boa é estrada de ripio asfaltada;
·         Um quilômetro de estrada de ripio é infinitamente maior que um quilômetro de estrada asfaltada.
Água da chuva, em vez de poeira. Melhor.

Parada estratégica


Fila para embarcar no Transbordador

Dando adeus à Ilha Tierra del Fuego

Subindo a bordo do Transbordador

Monumento ao vento

Esta pérola afixada à entrada de um hotel à beira da estrada

O Hotel Costaustralis, em Puerto Natales
O trecho percorrido hoje - em vermelho, os trechos em ripio
Para visitar o Parque Nacional Torres Del Paine contratamos uma van somente para nós. Está situado a mais de uma centena de quilômetros ao norte de Puerto Natales, ligado por excelente rodovia asfaltada. No interior do parque existem cerca de 97 quilômetros de estradas sem pavimento (ripio), mas em boas condições, que percorrem a paisagem, desde a estepe até as matas, permitindo excelente vista das principais atrações. Descanso merecido para as motos.
O Parque Nacional Torres Del Paine é considerado um dos parques mais impressionantes do sul do Chile, e um dos lugares prediletos para caminhadas e acampar.
Tem área aproximada de 242 mil hectares, na qual se encontra a cadeia montanhosa Del Paine, com as mundialmente famosas Torres Del Paine (Torres Norte, Central e Sur – a mais alta, com 2.850 metros), exuberantes monolitos que se elevam como paredes verticais desde a base até o topo, e os não menos conhecidos Cuernos Del Paine.
Lagos, rios, cascatas e glaciares estão em perfeita harmonia no parque.
Rosas entre flores, a caminho do parque

Vai aí uma Kunstmann Torobayo?

Lago Sarmiento. Ao fundo, as torres Norte e Central

Estrada no interior do parque

Laguna Amarga.

Este fruto silvestre, calafate, é o principal alimento dos guanacos

Turismo em bicicleta

Direto da Russia

Cascada Paine


Ao fundo, os Cuernos del Paine


Esse grupo é fantástico!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Conhecendo Ushuaia

Ushuaia: 10º e 11º dias da viagem.
Sábado e Domingo, 27 e 28 de dezembro de 2014.
Dois dias inteiros dedicados a conhecer a cidade e arredores. E descansar.


Fila para entrar no Parque Nacional Tierra del Fuego

A Ruta 3, no interior do Parque


A tão cobiçada placa que marca o final da Ruta 3.

Na Bahia Lapataia





À noite, jantar no La Estancia.

Aviso no painel da minha moto para checar o óleo do motor. Verifico na vareta e me espanto: nenhum sinal de óleo, ou seja, o nível está abaixo do mínimo recomendado. E foram rodados tão somente 5.122 quilômetros desde a última troca. Ainda bem que trouxe um litro do óleo recomendado pelo fabricante. Foi todo o litro e o nível do óleo chegou à metade da marcação mínimo/máximo. Preocupante!



Completando o óleo do motor

Nos jardins do hotel Las Lengas



Retornando do passeio de catamarã.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ushuaia, finalmente!

Ushuaia: 9º dia da viagem.
Sexta-feira, 26 de dezembro de 2014.
Passei a noite um pouco preocupado com o trecho que teríamos para hoje, a última etapa até Ushuaia, nosso destino final. Não pela distância – cerca de 590 quilômetros – mas pelas dificuldades que sabidamente nos aguardavam. Nem pensar em imprevistos.
Não sei o porquê, questão histórica e demarcação de fronteiras, mas, para chegarmos a Ushuaia teríamos que passar pelo Chile. E isso demanda bastante tempo: imigração e aduana para sair da Argentina, depois para entrar no Chile, depois para sair do Chile, e finalmente, para entrar na Argentina, isso tudo num espaço de menos de duzentos quilômetros. E não é só isso. Tem que cruzar o Estreito de Magalhães e vencer o tão famoso e temido trecho de ripio.
Então vamos lá.
No posto de fronteira de saída da Argentina nada de fila. Tudo é feito pouco mais à frente, no posto de fronteira do Chile. Trabalham juntos, num mesmo prédio, funcionários argentinos e chilenos. Muito movimento de pessoas indo e vindo, filas, mas tudo muito organizado. Documentos pessoais e das motos, um pouco de paciência, carimbos daqui, carimbos dali, paso 1, paso 2... paso 5, e agora só falta a inspeção das motos. Sim, os funcionários chilenos procuram por frutas, queijos, carnes, etc., cuja entrada é proibida naquele país.
Aduana Integrada: Argentina e Chile 

No Estreito de Magalhães, um Transbordador Austral já estava embarcando os carros para a travessia. Motos não entram na fila. Aguardam e embarcam por último. Sempre tem lugar para elas.
O Transbordador Austral, na Primeira Angostura do Estreito de Magalhães

Embarcando, a Catarina mais eu.

Alcir e Romy

Giba

João e Mariléia

Todos embarcados!

Apreciando apaisagem

Tudo de acordo, vamos em frente. Em Cerro Sombrero, estratégica parada para abastecimento. A gasolina que temos nas motos é suficiente para chegarmos até o próximo posto, mas agora teremos pela frente o trecho em rípio, e não sabemos qual será o comportamento/consumo de gasolina. Melhor encher o tanque.
O trecho em ripio está entre Cerro Sombrero, no Chile, e San Sebastian, na Argentina, e não estava ruim, apesar de obras de asfaltamento, já com grande parte concluída e liberada para o tráfego, e outra parte concluída, mas ainda não liberada, e dois trechos, um de 35 e outro de 64 quilômetros, de desvios e estrada não pavimentada. Bastante poeira e algumas pedras soltas, mas permitia viajar em quarta marcha, a oitenta por hora. Isto para não judiar tanto das meninas.
O ripio

As GTL avançam

Visíveis as obras de asfaltamento.
O grupo prossegue (foto por Leo)
Tudo corria bem, vento a nosso favor, quando o imprevisto aconteceu: a moto do Alcir furou o pneu traseiro numa pedra, fazendo um corte de quase dois centímetros, impossível de ser consertado com o famoso “macarrãozinho”. Estávamos em região deserta, faltando cerca de vinte quilômetros para a aduana chilena.
Não demorou muito e veio a solução: do nada apareceu uma Saveiro conduzida por jovem argentino, que se prontificou levar a moto até a cidade mais próxima, Rio Grande, cerca de oitenta quilômetros em frente, onde com certeza, encontraríamos uma borracharia para fazer o conserto.
Pneu furou. Socorro chegou!

Força João!

Ufa!

Lá vai ela!

Posto de fronteira chileno

Dá-lhe pau Marco Véio!

Posto de fronteira Argentino
Com a moto embarcada, seguimos. Passamos pelo posto de fronteira do Chile, mais doze quilômetros, o posto de fronteira da Argentina, e chegamos ao asfalto, e logo a Rio Grande, onde o jovem que nos socorreu ainda nos acompanhou até uma borracharia. Aí outro imprevisto: as GTL necessitam de uma chave especial para sacar os parafusos das rodas. Uma chave estrelada, que inexplicavelmente não vem com a moto. E nem todos os borracheiros a tem. A solução foi uma borracharia que funcionava anexa a oficina mecânica.
Nosso agradecimento a esse jovem que nos socorreu.
Pneu consertado, agora falta pouco.
Os primeiros sinais de gelo.

O Lago Fagagno

O Lago Escondido

Belíssimas paisagens!

Alcir e Romy

Corre Giba, Ester te espera em Ushuaia!

A paisagem. Ah, a paisagem!

Chegamos!

Comemorando a chegada em Ushuaia, e a Ester que se junta ao grupo.

Um corderito patagonico "al palo", no restaurante Joaquim Biguá.

O trecho percorrido hoje.
O trecho todo, percorrido até aqui.