quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Bogotá

O sábado amanheceu ensolarado. Era dia 12 de junho, 15º dia de viagem, e rodávamos pelas famosas rodovias colombianas, entre montanhas, muitas curvas, precipícios, caminhões em alta velocidade. E o exército nas ruas, digo, na rodovia. Em pontes, vilas, retas, curvas, cortes, barrancos, aterros, lá estavam os soldados, sempre fortemente armados, protegidos por trincheiras de sacos de areia, ou patrulhando a dois em moticicletas. Não nos pararam, ao contrário, acenavam para prosseguirmos.
Em Cali nos encontramos com um grupo de motociclistas encabeçados pelo pessoal da Asturias Motoservice, o Jorge Garcia e sua simpática esposa Sory. Hospedamo-nos no Hotel Vizcaya Real.
Dia seguinte, o casal Jorge e Sory nos escoltou para sairmos da cidade. Chegamos em Bogota ao final da tarde, depois de curvas e mais curvas, na temível La Linea. Assim é conhecida a estrada que cruza uma serra de três mil e tantos metros de altitude, com intenso tráfego de grandes, pesados e lentos caminhões.
Hospedamo-nos no Hotel Colombian’s Suites Internacional.
Nossa preocupação ao acordarmos na segunda-feira (14/06) era embarcarmos as Harley para o Panamá. Por volta das 9:00h, dia festivo (feriado) aqui em Bogotá DC, conforme combinado, o Sr John Fábio Agudelo, presidente da empresa Air Cargo, nos procurou para tratarmos do assunto.
Por conta do feriado, somente amanhã poderemos entregar as motos para embarque e fazer a documentação aduaneira. Elas seguirão viagem na quarta-feira, e na quinta poderemos retirá-las lá no Panamá. Somente depois de resolvido o despacho das motos, é que vamos  tratar das nossas passagens.
Importante ressaltar aqui o atendimento que nos foi prestado pelo Sr. John no dia de hoje. Sabendo que estávamos de folga, traçou um roteiro de citytour, providenciou um veículo com motorista, e lá fomos nós, conhecer Bogotá.
A primeira parada foi no Cerro Monserrate, de onde se avista toda a cidade. Os veículos sobem até uma estação, onde se toma, um teleférico ou um funicular, para se ganhar o topo do cerro.
Enquanto aguardávamos o embarque, eis que nos deparamos com um ambulante vendendo formigas. Sim, formigas, torradinhas, devidamente embaladas, prontas para consumo. Afrodisíacas. Irresistíveis. Impossível comer uma só. E não deixamos passar essa rara oportunidade. Talvez foi por isso, que dia todo, sentimos um estranho gosto de formiga na boca.
Do alto do cerro, a vista é deslumbrante. As construções, em sua maioria de tijolos aparentes, formam um imenso tapete corderrosa, que desaparece no horizonte.
Uma via sacra conduz a uma belíssima capela, onde assistimos a uma missa, e, ao final, recebemos uma benção especial, do jovem sacerdote, para concluirmos com sucesso essa nossa viagem.
Hora de almoço. Estávamos varados de fome, eis que nosso jantar de ontem foi “meia boca”. Então fomos para o restaurante Andres Carnes de Res, que nos fora indicado pelo John, como imperdível. E é. Nunca vi nada parecido. A decoração é a maior bagunça organizada que já vi. As paredes são entulhadas de velharias, de todas as espécies, criteriosamente dispostas, de modo a formar um todo de visão muito agradável. O serviço é excelente. Os garçons, todos jovens, prontamente atendem a todos os clientes. Deve haver espaço para mais de 500 pessoas. A comida é excelente. A carne (de rês), é tenra e saborosa, e, importante, grelhada no ponto pedido. A nossa estava mal passada, suculenta. E de quebra, personagens diversos (engraxate, batedor de carteiras, gueixas, Chaplin, coristas) animam o ambiente.
Voltando para o hotel, resolvemos passar num shoping, e vimos mais uma ação para combater a violência e o terror: todos os carros são revistados na entrada do estacionamento,  por policiais acompanhados de cães farejadores.
Rodovia na Colombia

Jorge Garcia e Sori, de Calli, Colombia

Segurança em rodovia na Colombia

Cerro Monserrat, Bogotá, Colombia

Restaurante Andres Carne de Res, Bogotá

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