sábado, 24 de setembro de 2011

Chegando no Canadá

Sexta-feira, 17/Jul (50º dia de viagem) a Quarta-feira, 21/Jul (54º dia de viagem)
Na sequência, passamos por San Francisco onde fizemos dois pernoites e tivemos um dia inteiro para explorar a cidade, inclusive o seu maior monumento: a Golden Gate.
Seguindo direção norte, cruzamos o Estado do Oregon onde fizemos um pernoite em Salem, e o Estado de Washington, seguindo sempre na Interstate 5, para chegarmos na fronteira com o Canadá, em Vancouver, na British Columbia.
O frio está chegando. O dia amanheceu nublado, com temperatura em torno dos 15º C, na simpática cidade de Salem, Oregon, onde pernoitamos. As roupas de frio, que estavam no fundo das malas, são requisitadas. Na rodovia, a temperatura cai mais ainda, atingindo 10º C por volta do meio dia. O sol está encoberto por grossa camada de nuvens. Estamos na torcida para não chover. Já começa a aparecer gelo no alto das montanhas.
Nesse dia me dei conta de que algo não estava bem. O Parque das Sequoias ficara para trás. Perdemos de visitá-lo. Quando questionei o grupo o porquê, as respostas foram evasivas, e houve até quem dissesse que mais ao norte, na região do Estado de Washington, havia outros parques com sequoias ainda maiores. Será?
Mais tarde, a verdade aflorou: como os demais membros do grupo já conheciam o parque, combinaram entre eles não visitá-lo e nada nos avisaram dessa mudança de roteiro. Os únicos prejudicados fomos nós. Mas isto não nos abalou. Pelo contrário, apenas nos alertou que devemos escolher melhor nossas companhias de viagem.
Chegando ao Canadá, tivemos uma recepção em grande estilo. Algumas milhas antes da fronteira, em Bellinghan, nos aguardavam o nosso amigo Celso Fonseca, de Florianópolis, e sua esposa Miriam. O simpático casal, companheiros de tantas jornadas em moto, agora a bordo de um possante Chevrolet Camaro, está na região em viagem de férias, desfrutando das belezas locais. Como é bom encontrar alguém do Brasil, ouvir as novidades da nossa terra, ouvir o som gostoso de uma conversa em português.
Na fronteira com o Canadá, os procedimentos são os mais simples que encontramos até agora. Sequer precisa descer da moto. Bastou mostrar o passaporte, e responder algumas perguntas básicas: quanto tempo vai ficar no Canadá? Traz arma de fogo? Traz bebida alcoólica? Traz presentes? E pronto. Passaporte carimbado e estamos no Canadá!
Nossa primeira parada é em Vancouver, onde nos aguardava Jairo Orlandi, brasileiro morando em Peterboroug, no Canadá, o sexto expedicionário a se juntar ao grupo.
Nosso primeiro dia no Canadá começou com um city tour por Vancouver. De Harley. Cruzamos o centro da cidade de sul a norte, para acessarmos a rodovia 99N, e depois a 97N, que nos levaria a Prince George, nosso destino para hoje.
Em alguns trechos, o trânsito na rodovia é interrompido para execução de trabalhos de manutenção da pista. Explica-nos o Jairo que isso é normal nessa época do ano, verão por aqui. No inverno, é impossível trabalhar nas estradas, devido ao frio intenso, e a grande quantidade de neve que se acumula.
Por falar em frio, apesar do sol já estar alto, por volta de 9 horas da manhã, a temperatura na estrada está em torno de 10º C. Os altos morros que ladeiam a estrada estão brancos de gelo. Mesmo no verão.
Movimento intenso de caminhões transportando toras de madeira. O Canadá já foi um dos maiores, senão o maior, produtor de celulose do mundo. Hoje se dedica à produção de madeira, atividade bem menos poluidora.
Outra curiosidade que vimos na rodovia, são cancelas existentes para bloquear o trânsito em caso de avalanches. Com efeito, é visível em certos trechos, os sinais destruidores das avalanches.
Em muitos trechos da rodovia, encontram-se pontos de parada para descanso ou acampamento, ou ainda, estacionamento para trailers (aqui conhecidos pelas iniciais RV) ou motorhome. O sonho de todo canadense é ter o seu próprio trailer ou motorhome.
E por ser verão, encontramos grande número de motos circulando. Viajantes solitários, em duplas, em grupos, sós, com garupa. Muitas Harleys. E mais uma curiosidade: muitas Harleys tracionando um reboque. Muito prático, pois além de ter um compartimento bastante espaçoso para bagagem, tem ainda uma caixa térmica. Essa moda bem que poderia ser levada para o Brasil.
Ao final da tarde, chegamos a Prince George, depois de passarmos por cidades muito simpáticas, como Whistler, Clinton, Williams Lake, e Quesnel, todas muito limpas, ajardinadas, floridas, e calmas.
I-15, próximo a Las Vegas


Las Vegas - Luxor Hotel

Lombard Street - San Francisco

Golden Gate - San Francisco

Golden Gate


Rodovia no Canadá


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