sábado, 22 de dezembro de 2012

Jurupiga


Quarta-feira, 19 de dezembro.
Dia de descanso. Bem, não exatamente descanso. Pela manhã fomos garimpar ofertas na Zona Franca de Chuy (lado uruguaio). Muita coisa bonita, muita coisa barata, mas, para felicidade geral da nação, pouco se pode comprar, pois não há como carregar na moto. Beleza! Meu cartão de crédito agradece.
Fiz duas constatações:
- É desnecessário ficar comparando preços nas diversas lojas. Todas vendem praticamente as mesmas coisas, por preços muito semelhantes. Para economia de tempo, dinheiro e paciência, o segredo é comprar tudo o que se quer logo na primeira loja que entrar. E, eventualmente, ir em outras, para completar as compras. O tempo ganho você pode usar bebendo uma Patrícia no barzinho da esquina.
- É mais vantajoso pagar em reais. As mercadorias estão com preço em dólar, e no caixa o câmbio era US$1,00 = R$2,00, enquanto que se pago com cartão de crédito, é utilizado o câmbio oficial (está mais de R$2,10), acrescido de IOF.
Feitas as compras (sempre se encontra algo para comprar), o restante do dia foi para curtir o Hotel Bertelli, um bom Carmenere e um especial queijo uruguaio. E assim o fizemos.
Quinta-feira, 20 de dezembro.
Véspera de final do mundo, segundo previsões maias. Hora de iniciarmos o retorno.
Amanheceu chovendo muito forte. Verdadeiro dilúvio. Será que os maias estavam certos? O mundo vai acabar em água? As previsões meteorológicas informam que vai chover o dia todo. O noticiário na TV dá conta que em Porto Alegre chove demais. E é naquela direção que iremos.
Arrumei as maletas (estão bem mais pesadas) na moto sem muita pressa, torcendo para que a chuva desse uma trégua, pelo menos na hora da saída. Dito e feito. Fizemos o trecho até Rio Grande praticamente no seco. Foi mais uma oportunidade de apreciar novamente as belezas da região, notadamente na Estação Ecológica do Taim.
BR 471, cortando o Banhado do Taim
Só não consegui entender, por aqui ali a rodovia é denominada BR 471, quando deveria ser BR 101, já que tem o sentido norte-sul, e seu traçado é pelo litoral.
Em Rio Grande, mais exatamente na localidade de Quinta, a melhor parte da viagem: visita (agora mais demorada) aos nossos amigos Serra e Manja, aqueles com quem almoçamos na terça-feira.
Com os amigos Serra, Manja e a filha Lili
À tarde, de carro com os amigos, city tour pela região. Primeiramente, fomos conhecer a Ilha do Leonídio, e depois a Ilha dos Marinheiros, grandes produtores de verduras. Lá conhecemos uma bebida única: a jurupiga (ou jeropiga). Bebida típica da Ilha dos Marinheiros. Fabricada artesanalmente pelos primitivos habitantes portugueses da ilha, seus descendentes ainda hoje mantém as características desta deliciosa bebida. A Jurupiga é feita de sumo de uvas e álcool (20%), sendo envelhecida em bordalesas por período mínimo de três meses. Fabricação exclusivamente caseira. Provei e gostei. Levemente adocicada, de cor rosada, sabor típico de uva, servida em cálices, geladinha. Diz a lenda, que dita bebida é afrodisíaca.
Ilha dos Marinheiros

Ilha dos Marinheiros

Porto do Rey, na Ilha dos Marinheiros (gente importante já andou por aqui)

Cais do Porto do Rey. Ao fundo, a cidade de Rio Grande

Visitando o produtor desta iguaria
Completando a tarde, conhecemos os molhes da barra e o super porto.
Navio entrando no porto

Vagoneta para passeio nos molhes da barra
À noite, jantar de gala. Manja prepara camarões. Um casal de amigos motociclistas, Paulo e Sandra, dali de Rio Grande, nos acompanham. Estava maravilhoso: o jantar, e a conversa.
Com os amigos Sandra, Paulo, Serra, Lili e Manja
Sexta-feira, 21 de dezembro.
Resolvemos tomar um caminho diferente para voltar. Serra e Manja nos acompanham até o centro da cidade, onde tomamos a balsa para São José do Norte, e ali seguimos pela BR 101, com pavimentação asfáltica recentemente concluída, até Osório. Nesse trecho, a estrada segue por uma estreita faixa de terra, entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Tem pouco movimento, não tem pedágios, e em alguns locais o asfalto está esburacado.
Serra e Manja, assistindo nossa partida na balsa

Navegando...
A travessia de balsa demora pouco mais de meia hora e custa R$4,50 para moto. São oferecidos poucos horários por dia, o que desencoraja muita gente de tomar este caminho.
Ao desembarcarmos da balsa, começa a chover. Chuva forte. Lembrei da previsão maia. Será?
Não tínhamos intenção de chegar em casa nesse dia, até porque saímos de São José do Norte já passava das dez da manhã, e mais de oitocentos quilômetros pela frente. Mas aos poucos fomos mudando de ideia e resolvemos encarar. Não nos agradava pensar em chegar num hotel, molhados, e no dia seguinte colocar aquela mesma roupa que por certo não secaria. O tempo todo debaixo de intensa chuva, finalmente chegamos em casa, oito e meia da noite, encharcados até os ossos. Mas foi uma boa tocada, tranquila, sem qualquer incidente.
Aspecto da BR 101, próximo a Mostardas
A moto, nossa velha Harley Ultra 2009, não decepcionou. Mais uma vez, nos levou e trouxe de volta, com todo conforto e segurança. Zero de problemas.
Finalizando meu relato, quero deixar nossos sinceros agradecimentos aos amigos João Serra e Maria Ângela, Manja como carinhosamente é chamada, pela acolhida que tivemos em sua residência, pelo carinho e hospitalidade que nos receberam. Muito obrigado. Esperamos algum dia recebê-los em nossa cidade, e quiçá, viajarmos juntos. Será uma honra.
Osmar e Terezinha

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Chui

A saída de Porto Alegre pela manhã foi bem tranquila, sem engarrafamentos, apesar de ser horário de pico. Num instante alcançamos a Ponte sobre o Rio Guaiba e dali a BR 116, até Pelotas.
Acesso à Ponte do Guaiba

Porto Alegre vista da Ponte do Guaiba
Em Rio Grande, paramos para visitar os amigos Serra e Manja, que conhecemos em janeiro último na viagem pela Carretera Austral. Como é bom rever amigos. E Manja nos brindou com excelente almoço.
Estrada cruzando o Banhado do Taim

Vista do Banhado do Taim


Farol Chui, um dos marcos do extremo sul brasileiro

O Arroio Chui se entregando ao Atlântico

Radiofarol Chui

Cabeceira da Ponte Internacional sobre o Arroio Chui
 E como ninguém é de ferro, nada como um entrecote para finalizar o dia. A carne uruguaia é maravilhosa.
Restaurante Los Leños.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Porto Alegre


Segunda-feira, 17 de dezembro.
Enquanto aguardamos o término deste ano de 2012, a chegada do Natal e do Ano Novo, resolvemos aproveitar esses dias restantes para mais uma voltinha. Com a nossa Ultra. Afinal, ela está precisando esquentar o motor.
Mas para onde iremos?
Que tal em direção ao sul?
De acordo.
Tomada esta difícil decisão, e já estamos na estrada, na nossa conhecida BR 101, em direção ao sul, neste dia maravilhoso, com muito sol e pouco movimento.
A rodovia está quase toda duplicada, exceto em alguns pequenos trechos ao sul de Florianópolis, mais exatamente no Morro dos Cavalos, em Laguna e em Araranguá, onde os trabalhos de duplicação já se arrastam por vários anos, e sem previsão de término. Uma lástima!
O sol está escaldante, com termômetros oscilando entre 35 a 37º. Por isso, resolvemos parar em Porto Alegre para descansar. Não temos pressa, e aproveitaremos a oportunidade para conhecer um pouco desta bela cidade e, de quebra, cumprirmos mais uma etapa de um dos desafio dos Fazedores de Chuva: fotografar em frente ao palácio do governo.
O Palácio Piratini é a atual sede do Poder Executivo do Rio Grande do Sul. Está localizado na Praça Marechal Deodoro, mais conhecida como Praça da Matriz, no centro histórico de Porto Alegre.
Nós, nossa Ultra, e o Palácio Piratini
Em 2008, completados oitenta e sete anos, o Piratini contabilizou vinte e cinco ocupantes, entre interventores, presidentes de província e governadores, eleitos e nomeados.
O Piratini foi construído para substituir o antigo Palácio de Barro, que existia no mesmo local e havia sido edificado em 1773, por ordem do então governador José Marcelino de Figueiredo.
Em maio de 1921 o prédio pôde ser ocupado, mas sem inauguração oficial e em caráter parcial, pois as alas residenciais, os salões nobres e os jardins não estavam prontos. Somente na década de 1970 o palácio foi dado como concluído, ainda que trabalhos menores continuassem a ser realizados e de intervenções de restauro já começassem a ser necessárias em algumas áreas mais antigas.
A Matriz, ao lado do Piratini
Em 1955, através de decreto do governador Ildo Meneghetti, foi outorgado o nome oficial de Palácio Piratini, em homenagem à primeira capital da República Rio-Grandense (1836-1845) durante o episódio da Revolução Farroupilha.
Um dos eventos mais marcantes da história do Piratini aconteceu durante o mandato do governador Leonel Brizola, em função da Campanha da Legalidade, em 1961, o governo federal decretou o bombardeio do Palácio.
Porém, a ordem não foi acatada pelos soldados da base aérea de Canoas. Na ocasião, 30 mil pessoas estavam campadas em frente ao Palácio, pedindo a posse de João Goulart na Presidência da República.
O edifício foi incluído no Projeto Monumenta, do Ministéiro da Cultura do Brasil (voltado à revitalização dos centros históricos do Brasil), e desde 1986 é considerado Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Em 2000, o Piratini foi tombado pela Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. (Fonte: Wikipédia)
Passeando de Ultra por Porto Alegre, numa tarde ensolarada.
Estamos hospedados no Hotel Ibis Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

sábado, 8 de dezembro de 2012

EsSA - Infantaria/67

Quarenta e cinco anos se passaram desde aquele tão esperado 2 de dezembro de 1967. Estávamos em Três Corações, Sul de Minas, na EsSA - Escola de Sargentos das Armas - recebendo as divisas de Terceiro Sargento do Exército Brasileiro. Éramos quarenta jovens no curso de Infantaria, que convivemos aquele ano inteiro num regime quase que de confinamento, sob rígida disciplina, oito horas de instrução por dia, onde mal tínhamos tempo de ler as cartas que chegavam, e rapidamente rabiscar uma resposta. Mas finalmente chegou o grande dia, fomos promovidos e classificados nas mais diversas unidades espalhadas pelo Brasil.
E agora, passados todos esses anos, voltamos a nos encontrar. Não vieram todos. Mas os que vieram, abrilhantaram esse encontro, onde não se falava outra coisa, a não ser vida de caserna, principalmente, relembrando passagens dos tempos do curso.
Aí estão eles!
 Um jantar marcou o início do encontro. Churrasquinho básico iniciando os trabalhos, na noite do dia 30 de novembro. Muita animação.
E esposas e familiares
Dando sequência à programação elaborada, no sábado, dia 1º de dezembro, fomos visitar o Santuário de Madre Paulina, em Nova Trento.

No onibus para Nova Trento

Diante da imagem de Santa Madre Paulina, os agradecimentos pela rara oportunidade de rever amigos.

No Restaurante Schumacher, em Guabiruba, a oportunidade de provar  típica comida alemã.

Einsbein e Marreco Recheado, no cardápio.
Mais surpresas aguardavam o grupo, no domingo, dia 2.
Recomendações antes do embarque
 No bondindinho - transporte coletivo urbano em Balneário Camboriú, o grupo seguiu para a Barra Sul.
Passeio no Bondindinho.



 Em teleférico, o grupo cruzou montanhas e chegou à praia de Laranjeiras, para curtir o sol, o mar, a areia, e almoçar.

Com os amigos Raimundo e Conceição, de Brasília

Ramalho e Familia, Pedroso, Martins e o filhão.

Lúcio e Socorro, de São Luis.

Silveira e Angela, de Coxim, Mato Grosso.


Pacheco e Ana, de Pelotas


Agnaldo e Jobelina, de São Luis

Sacramento e Aldina, de Salvador

À noite, fomos jantar no Cristo Luz.

Com Geraldo e Clara (Aracaju), William e Nilza (Campo Grande) e Vivaldo, de Belém.

Encerrando os trabalhos.
Finalizando o encontro, algumas decisões foram tomadas:
- Organizaremos um megaencontro em 2017, em Três Corações, para as comemorações do cinquentenário da turma;
- Enquanto isso, faremos um próximo encontro, intermediário, em Brasília, na segunda quinzena de 2014, a ser organizado por Raimundo, assessorado por Milton.


A seguir transcrevo algumas mensagens recebidas dos amigos participantes:

“Ao Comandante Becher, à sempre presente Terezinha e filhos os nossos efusivos agradecimentos pela linda e calorosa acolhida. Acredito que lembraremos desse enconto com saudade durante muito tempo. Votos de tantas alegrias e felicidades quanto possíveis.  Um  grande abraço. Ramalho e família.”

“Caríssimos amigos  BECHER & TEREZINHA,
- Os sorrisos dos casais:- Becher & Terezinha.... e do... Élio & Marleni nos responderam  a todas as perguntas.
" O melhor da despedida é saber que estaremos juntos novamente. (O pequeno Príncipe - SAINT EXUPERY)."
- Portanto, podem continuar sorrindo porque o "SUCESSO " foi total e sem "Bolodório ou Corruptância". kkkkkk!!!
- A Família BARRETO agradece o carinho da hospitalidade da Equipe Organizadora do 3º Encontro, da Turma de Infantaria da EsSA/67 que, com muita sabedoria e amor encantaram a todos os presentes.
Nossos agradecimentos por tudo e rogamos a DEUS, pela intercessão de "Santa Paulina", para que os abençoe sempre e, segundo suas palavras"Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários".
Graças a DEUS, o B@rretão & Cecília já estão em Resende-RJ. Fizemos uma excelente viagem.
As filhas: Ana Maria e Elaine já chegaram a Brasília-DF e Cabo Frio-RJ, respectivamente.
Já estamos com saudades de todos.
Abração do B@rretão, Cecília e filhos”

“Obrigado por nos proporcionar momentos enesqueciveis, um abraço e até a proxima. Fanfa”

“Meu Irmão estou de chegada a Pelotas, entretanto como ao longo do percurso minha mente veio refazendo cada reencontro, cada palavra, cada gesto, eu não me contive e estou aqui neste momento e antes de mais nada desejoso de agradecer.
Eu já sabia da pujança tanto tua e do incansável Becher, todavia a organização no meu enlevo alcançou ao píncaro da glória e já começou com o hotel de alto nível, cuja diária foi negociada e rebaixada para tão e somente 40% da planilha de cotidiano. Portanto pagamos uma pechincha por uma hospedagem perfeita para um milico.
Ficamos, falo no plural porque minha mulher é partidária desta observação, portanto ficamos maravilhados com a cortezia desmedida do casal Becher sempre pronto para informar, para mostrar, para orientar, sem contudo falar em inúmeras idas e vindas ao aeroporto conduzindo a milicada e seus consorte e ou filhos.
Sabíamos que seria assim, todavia foi o supra sumo, não merecíamos tanta cortesia, pois que não somos beldades, autoridades ou quaisquer que sejam os adjetivos, somos todos Irmãos e desculpa-me o trocadilho, irmanados na mesma ância de rever tão caros companheiros de outrora tão árduas tarefas.
Meu amigo, foi demaisssssssss como diria o Lucio, e também motivado para o próximo encontro em Brasília pois que Deus nos permitirá revê-los com o mesmo brilho, estonteantes de saúde, ainda que um tanto mais maduros se é que nos cabe, pois viramos crianças imaturas quando juntos.
Ventura, por favor, passa esta minha gratidão ao casal Becher, pois que se  o fizeres  em nome de todos, na modéstia deles não saberão como ficamos maravilhados com sua pujante organização.
Saudações militares, Zildo Pacheco e Ana”

“Boa noite, Sr. Becher e família 
É um privilégio quando temos ao nosso lado pessoas tão ESPECIAIS como vocês. Nunca terei como agradecer-lhes pelo apoio que vocês nos ofereceram em um momento tão ÚNICO quanto esse 3º Encontro que tivemos em Balneário Camboriú.
Quero que vocês recebam em dobro tudo que vocês proporcionaram neste encontro 
MARAVILHOSO. Quero que saiba que desejo que suas vidas sejam abençoadas por vibrações de paz e amor. Jamais esquecerei suas palavras, dedicação e acima de tudo o CARINHO eAMOR para com cada um de nós que estivemos presentes naquele momento ÚNICO MÁGICO.
Quero aproveitar a oportunidade dizer que ontem encontrei com papai noel, ele disse que eu poderia pedir qualquer coisa neste natal. Então, pedi para ter meus amigos bem pertinho de mim. E deixo papai noel trazer-te até mim. Sim, amigo pode ser real,virtual, próximo, distante, parente ou não.
AMIGO é aquele que ocupa um espaço especial em nosso coração e vocês ocupam este espaço. Adorei conhecer vocês.
Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
Boas Festas!
É o que desejo.
Att. Ana Maria (Filha do Barreto)”

“Estimado Becher e Família.
Após alguns dias em Gramado, retornei a Natal, com muitas saudades. Gostaria de reiterar nossos agradecimentos a voce,a Terezinha e o filho churrasqueiro pelos bons momentos que nos propiciaram, pela gentil acolhida em seu lar,pelos passeios organizados e, principalmente pelo nosso reencontro. Reconheço que o trabalho foi muito grande, mas a nossa confraternização foi excepcional. Saudações fraternas a toda Família e vamos partir para 2014. Saúde e Paz. Tadeu e Enilda”
“Ola amigo Becher e Terezinha, desculpe por não ter agradecido a acolhida que nos foi dada nesta cidade por pessoas especiais e acolhedora. E esta cidade já faz parte do nosso roteiro de viagens. Tivemos momentos de  muita alegria e comunhão com todos da nossa turma 67, amamos ter conhecido parte de sua família que presenciamos o quanto és abençoado, pelos filhos , netos e noras. Chegamos bem, encontramos todos na santa paz de Jesus, a Conceição é que tem sofrido muito com dores no joelho, mas está sendo tratada , irá fazer uma ressonância para saber se é gota ou artrose. Peço que me envie os nomes de seus filhos e noras, para colocarmos em nossas orações, a Conceição combinou com a Terezinha de estar orando por eles.
Fique na paz de Jesus.
Um abraço Raimundo e Conceição
“Aos queridos amigos Becher e Terezinha
Agradeço a Deus pela oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas como os grandes organizadores da festa de  confraternização, para os integrantes do curso de  Infantaria da EsSa/67 ; realizada em Camboriú.
Muito obrigada !
Testemunhar o encontro e amizade entre vocês foi emocionante.

Desejo, do fundo do meu coração, que Deus abençoe ricamente a suas vidas e que o dia de Natal celebre, verdadeiramente, o dia do nascimento de Jesus, trazendo-lhe um novo tempo de paz, saúde, alegria, compreensão, sabedoria, energia e muitas realizações pessoais.
FELIZ NATAL !
São os sinceros desejos de Elaine ( filha/afilhada do B@rretão )”

“Becher/Terezinha, bom dia!
Primeiro MUITO, mas MUITO obrigado pela recepção em vossa casa! PARABÉNS PELA FESTA! Vcs foram os grandes articuladores e responsáveis por tudo o que aconteceu de bom em nosso encontro, e, só aconteceram coisas boas, desde o sorriso da turma, na alegria do reencontro até o soluçar, para
não dizer do choro do Trevizan, que nos emudeceu a todos.
Bem, estou te repassando um email do Rivelino (vide abaixo). Um grande e fraterno abraço e até breve!
Tenham um bom final de semana.
Élio/Marleni

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Vitória

Nosso destino é Vitória, no Espírito Santo, para participar do VIII Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva, evento esse que reúne a elite do motociclismo mundial.
Dia 13/11, terça-feira, saímos de Balneário Camboriú bem cedo, com muita chuva, na companhia do Léo, em sua BMW. Fomos com nossa Harley Davidson Ultra Classic, já bastante rodada, quase centenária, mas muito confortável e apropriada para longas viagens.
Em Curitiba, Arno, de Brusque, em sua Harley Davidson Heritage se junta a nós. Grande companheiro, muita experiência de estrada, e sobretudo, sempre muito bem humorado.
Para evitar os congestionamentos da Marginal Tietê, em São Paulo, optamos por uma rota alternativa: seguimos até o final do Rodoanel, tomamos uma estrada secundária, passamos por Perús, depois Franco da Rocha, e em Mairiporã tomamos a Fernão Dias, até Atibaia. Ali seguimos pela D. Pedro até a Dutra, e por esta chegamos a São José dos Campos, onde nos hospedamos no Hotel Ibis. Foi uma bela jornada, sem qualquer tipo de problema.
Dia seguinte continuamos pela Dutra, quando fomos alcançados pela dupla Lazinho e Laércio (não, não se trata de uma dupla sertaneja) e respectivas esposas/garupas, em suas possantes Harleys - Uma Ultra e uma Classic. Agora éramos cinco motos, oito viajantes. E de quebra, agora eu e Terezinha podíamos conversar com o Lazinho e Iza, já que nossas motos possuem rádio faixa cidadão. Muito bla, bla, bla...
A chuva era nossa constante companhia.
Pernoitamos em Campos, no hotel Comfort. Novo, muito bom.
Quinta-feira chegamos a Vitória, onde, para variar, chovia muito. Mas estávamos alegres e felizes por termos chegado bem. Agora é só curtir o encontro.
Ficamos no Hotel Bristol Alameda Vitória, na praia Camburi. Muito bom.

Relaxando durante um pitstop: (pela direita) Léo, Laércio, Lazinho, Iza, Jo, Terezinha, Arno e eu).

O encontro somente começou na sexta-feira, dia 16. Devido ao mau tempo, e às condições adversas do mar, as atividades matinais foram suspensas (passeio de barco pela baia de Vitória, e visita a um navio no porto). Mas a organização do evento contornou o problema de forma muito criativa: reuniu o pessoal e deu oportunidade a todos para se apresentar. Histórias comoventes, maravilhosas, engraçadas, criativas, foram relatadas. Cada participante, de forma muito criativa e particular, fez a sua apresentação. Muito bom.

Terezinha e eu nos apresentado ao grupo.
O almoço estava divino: moqueca capixaba num dos mais tradicionais restaurantes da cidade: o Papaguth. Um pecado!
À tarde interessantes palestras, sobre o uso do GPS e do SPOT, brilhantemente apresentada pelo Elton, de São Paulo  e sobre câmara Go-Pro, apresentada pelo Johnny, de Rio do Campo, Santa Catarina. Muito bom!
À noite, mais comida no restaurante Portomare e continuação das apresentações individuais. Mais histórias, mais risos, mais alegrias, mais integração.

Convento da Penha, em Vila Velha, visto da 3ª Ponte
Sábado de passeio, de moto, por Vitória e Vila Velha, cidades irmãs separadas pela Bahia de Vitória, mas unidas fisicamente por diversas pontes. E a chuva? A chuva parou, o sol brilhou, e lá fomos nós, todos, em nossas motos, apreciar as belezas locais.
3ª Ponte, ligando Vitória a Vila Velha, vista do Convento da Penha.

Àgua de coco para refrescar, com direito a saborear a polpa
O almoço foi na casa de Pratinha e Lu, os anfitriões. Tudo perfeito: bom churrasco, chopp geladinho (opps! não posso beber porque estou manejando), e muito refrigerante. Tudo perfeito. Em seguida houve a cerimônia de entrega dos diplomas e brazões, para os Valentes Fazedores de Chuva (aqueles motociclistas que visitaram todos os municípios de um Estado, comprovando o feito com foto em frente a cada uma das prefeituras), e para os Grandes Caciques Fazedores de Chuva (aqueles motociclistas que percorreram desde Ushuaia, na Patagônia Argentina, até Prudhoe Bay, no Alasca.

Com muita honra, entregamos o diploma e o brazão ao GCFC Omena.

O nosso Certificado de Participação, exibido com orgulho.
Terminado o encontro, quero agradecer ao casal anfitrião Pratinha e Lu, pela excelente organização e pela hospitalidade. Sentimo-nos em casa. Que bom. Também agradecer aos nossos Grandes Caciques Dolor e Angela, responsáveis pela condução e encontro deste intrépido grupo de motociclistas amigos, uma vez ao ano, em qualquer lugar das Américas. Já estamos ansiosos por saber quando e onde será o próximo.
Também, é de se ressaltar o foco dos encontros dos Fazedores de Chuva: é na confraternização, na amizade, companheirismo, troca de experiências. Nada de apelo por determinada marca de motocicleta, e outro detalhe importante, não visa lucro. Cada um pagou as suas despesas, diretamente no hotel ou nos restaurantes. Nada de kits enormes, impossíveis de carregar na moto, caros, com supostas lembranças e brindes duvidosos. Assim devem ser os próximos encontros dos Fazedores.
A 3ª Ponte: belíssima. Ao fundo, Vila Velha.
Domingo, dia 18/11, iniciamos o retorno. Por conta de alguns compromissos particulares, separamos-nos de nosso grupo, eis que eles pretendem fazer o retorno em dois dias apenas, e nós, talvez um pouco mais.
Nosso primeiro compromisso foi visitar o Palácio Anchieta, a sede do poder executivo do Estado do  Espírito Santo. O palácio localiza-se exatamente a frente do Porto de Vitória, na entrada da Cidade Alta, um dos bairros mais antigos da cidade.
No Século XVI, o Palácio Anchieta foi construído pelos padres jesuítas e até 1760 abrigou o Colégio de São Tiago, e guarda o túmulo simbólico do padre José de Anchieta (os restos mortais foram removidos para transporte até Portugal, mas o navio que os levava naufragou), que costumava percorrer a pé o trecho de, aproximadamente 100 km, de Vitória até o município de Anchieta, no sul do estado. O Palácio é utilizado como sede do Governo do estado desde o século XVII, sendo uma das sedes de governo mais antigas do Brasil.



Palácio Anchieta, em Vitória, sede do governo do Espírito Santo.
Nosso próximo compromisso, era no Rio de Janeiro. Visitar o Palácio Guanabara, sede do governo estadual. E lá fomos nós.
Palácio Guanabara localiza-se na Rua Pinheiro Machado (antiga Rua Guanabara) ,no bairro de Laranjeiras, na cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado homônimo.
Sua construção iniciada pelo português José Machado Coelho em 1853, tendo sido utilizado como residência particular até a década de 1860.
Reformado, tornou-se a residência da Princesa Isabel e seu esposo, o Conde d'Eu, sendo conhecido a partir de então como Palácio Isabel. À época, o acesso ao palácio era feito pela Rua Paissandu, que por essa razão foi ornada com uma centena de palmeiras imperiais. Pertenceu aos príncipes até a Proclamação da República (1889), quando foi confiscado pelo governo militar e transferido ao patrimônio da União. Até hoje a Família Imperial tenta retomar sua posse (sendo um dos processos jurídicos mais antigos do país).
O palácio foi utilizado pelo presidente Getúlio Vargas como residência oficial durante o Estado Novo (1937 - 1945). Foi atacado durante o Putsch da Ação Integralista Brasileira em 1938, sendo repelidos pela Polícia Especial do Rio de Janeiro, reação reforçada, posteriormente, pelo Exército. A partir de 1946, passou a sediar a Prefeitura do Distrito Federal até 1960, ano da criação do Estado da Guanabara.
Deixou de ser a residência oficial, quando esta retornou para o Palácio do Catete e foi, mais tarde, transferida para o Palácio Laranjeiras, a dois quarteirões de distância.
Foi doado ao governo do antigo Estado da Guanabara pelo presidente Erneste Geisel (1974 - 1979).
Atualmente, a partir da fusão dos Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, é utilizado como sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que foi transferida do Palácio do Ingá, em Niterói. A residência oficial do governador do Rio de Janeiro é o Palácio Laranjeiras, no mesmo bairro.

Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro
Dia seguinte, segunda-feira, 19/11, partimos para nosso terceiro compromisso: visitar o Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo. O GPS nos levou até ele, sem qualquer dificuldade, através das movimentadas ruas da capital paulista. Lá chegando, fomos impedidos de entrar.
- Hoje não é dia de visitas. Voltem amanhã, disse o comandante da guarda palaciana (parece-me que o nome dele era Balesteros, ou algo assim).
- Mas só uma foto, senhor. Nós, na moto, em frente ao Palácio.
- Não! Amanhã vocês poderão visitar o palácio. Mas nada de fotos.
- Então posso fazer uma foto aqui, na frente do portão?
- Aí pode.
- Então, por favor, poderias sacar a foto para nós?
- Não!
Diante desta negativa, não me contive. Isto também já é demais. O Palácio é um prédio público, e o cidadão não pode sequer bater uma fotinha! Mas que barbaridade! Num gesto de muita coragem e ousadia, apoiei a moto no pezinho, desci, cara de mau, e tomei a única atitude que um cara decente pode e deve tomar numa hora dessas: da nossa bagagem saquei o tripé, armei, prendi a câmara, regulei o temporizador do disparo para dez segundos, e clic. Pronto! Foto feita, vamos andando.
- Gracias, senhor!

Palácio dos Bandeirantes é o edifício-sede do Governo do Estado de São Paulo e residência oficial do governador. Localizado no distrito do Morumbi, na cidade de São Paulo,o palácio também abriga as Casas Civil e Militar, algumas Secretarias de Estado e um amplo acervo histórico e artístico aberto à visitação pública.
O Palácio dos Bandeirantes foi projetado por Francisco da Nova Monteiro em 1954 para abrigar a Universidade Conde Francisco Matarazzo, mas teve suas obras paralisadas em 1955, em virtude de problemas financeiros. Desapropriado durante a gestão de Adhemar de Barros, o edifício substituiu o Palácio dos Campos Elísios como sede do poder executivo paulista.
Fachada do Palácio dos Bandeirantes
Vista Aérea do Palácio dos Bandeirantes
Além do Bandeirantes, o Governo de São Paulo possui outros dois palácios oficiais: o Palácio do Horto, residência de verão do governador, localizado no Horto Florestal de São Paulo, e o Palácio Boa Vista, residência de inverno, na cidade de Campos do Jordão. 

Palácio dos Bandeirantes. Não nos deixaram entrar. Fotografamos no Portão.
E ainda tivemos tempo de tocar até Registro, onde nos hospedamos no Hotel Valle Sul. Muito bom, às margens da rodovia, com um pessoal muito atencioso, e boa comida.
Manhã de sol na terça-feira, dia 20/11. Sem muita pressa rumamos para Curitiba para mais um compromisso: fotografar no Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado do Paraná. Aí não tivemos qualquer tipo de problema ou dificuldade. Foi só parar a moto, armar o tripé e pronto.

Palácio Iguaçu é a sede do governo do Paraná e esta localizado no Centro Cívico, em Curitiba. Foi idealizado no governo de Bento Munhoz da Rocha, que governou o Estado na década de 1950, e sua inauguração ocorreu em 1953. Além do Palácio Iguaçu o projeto também previa a criação da Assembléia Legislativa do Paraná e diversos prédios públicos nas proximidades da sede estadual.
O Palácio Iguaçu deve sua designação ao rio de mesmo nome, que possui suas nascentes junto à capital e, em sua foz, as mais famosas cataratas do mundo. É um extenso curso d'água, que atravessa o território paranaense, desde o extremo leste até a tríplice fronteira internacional, a oeste. Na língua tupi-guarani, a palavra Iguaçu significa ÁGUA-GRANDE, como se fosse um sinal de vocação e destino, para o povo e o Estado do Paraná.


Palácio Iguaçu, em Curitiba, sede do governo do Paraná
Esta viagem nos proporcionou oportunidade de rever muitos amigos motociclistas, com os quais tivemos a felicidade de conviver muitos dias, em viagens por aí. Mas também tive a felicidade de encontrar três amigos que não via há muitos anos, quarenta e cinco para ser mais preciso. Somos colegas do curso de Infantaria do Exército Brasileiro, feito na EsSA (Escola de Sargentos das Armas), em Três Corações, Minas, nos idos de 1967. Terminado o curso, fomos prestar serviço em unidades espalhadas pelo Brasil, e nunca mais nos encontramos. Porém, nunca perdemos o contato. A amizade que nos une, foi forjada nas duras lides da caserna, em uma escola militar, onde a disciplina é praticada nos extremos, onde nós, os alunos, tínhamos o direito de dizer apenas três coisas: "Sim Senhor", "Não Senhor", e "Quero ir Embora". Esta amizade é para sempre. Aí estão eles.
Com o hoje Capitão Chagas, morando em Vila Velha. ES.

Com o hoje Capitão Revelino, morando em Caçapava, SP.

Com o hoje Dr. Ventura, morando em Curitiba, PR.