quarta-feira, 28 de março de 2012

Basílica de Guadalupe

Deixamos Morélia certos de que tínhamos visitado uma das mais belas cidades mexicanas, e especialmente impressionados com o interior do Santuário de Nuestra Señora de Guadalupe: cúpula, paredes e tetos de cores vibrantes.
Nosso destino agora era a capital do México, onde logo chegamos sempre pelas excelentes autopistas de cuotas. Nos instalamos no hotel Montevideo, bem próximo à Insigne Y Nacional Basílica de Guadalupe.
Um dos mais ricos e visitados santuários católicos das Américas, composto de vários edifícios construídos na base do Cerro Del Tepeyac, onde acredita-se que aqui, em 1531, uma Virgem Maria de pele morena tenha aparecido milagrosamente para o índio Juan Diego, quatro vezes.
Viemos especialmente para agradecer a esta virgem pelo apoio espiritual que recebi, ano passado, quando da minha cirurgia. Nos momentos mais difíceis, quando parece que os médicos, os remédios e a medicina convencional não surtem efeito, surge uma estranha força que nos ajuda a vencer as dificuldades. Invoquei o seu nome naqueles dias de hospital. Agradeço por ter-me ajudado.
Detalhes do Recinto Guadalupano podem ser vistos em www.virgendeguadalupe.org.mx.
Agora estamos prontos para seguir para casa. Vimos e fizemos tudo a que nos propusemos. Amanhã seguiremos para León, para reencontrar os amigos Manuel e Sandra, devolver o carro – que, diga-se de passagem, se comportou muito bem, e embarcar de volta para o Brasil, para rever nossos familiares e amigos. Muitas saudades de todos.
Aqueduto em Morélia

Santíssima Virgem de Guadalupe

Interior da Nova Basílica de Gudalupe. Em destaque, o órgão.

Ao fundo, à esquerda a basílica antiga. Ao centro, a nova

Basílica antiga e a nova

Iglesia Del Cerrito, no Recinto Guadalupano

La Ofrenda, conjunto escultório no Recinto Guadalupano

segunda-feira, 26 de março de 2012

Morélia

Depois de um sábado movimentado e regado a tequila, tiramos o domingo para passear por Guadalajara e arredores, e conhecer as atrações da região.
Em Tonalá, vimos aquela que foi para nós, até agora, a maior feira ao ar livre já vista. Enorme! Ruas e mais ruas da cidade tomadas por barracas que vendiam de tudo, com destaque para produtos de cerâmica e vidro. E comida. Aliás, as barracas de comidas eram sempre as mais movimentadas. O cheiro que vinha delas, e a vontade com que as pessoas comiam, nos fez imaginar que deveria ser uma comida muito saborosa. E quase sempre, comida de comer com as mãos, sem usar garfos/facas/colheres. É o costume daqui. Eram tacos, tortilhas, tostadas, burritos, gorditas...
E nós vendo aquilo tudo, e não podíamos comer nada. Fomos recomendados pelo Fernando, de não comer qualquer coisa, naquele dia. O Fernando é um amigo motociclista daqui de Guadalajara, que nos foi apresentado pelo nosso Grande Cacique Dolor. Isto porque, ele nos levaria para almoçar uma comida especial. E foi mesmo. Voltando do passeio, Fernando nos apanhou no hotel e nos levou para saborear costelas de rês ao forno, feitas especialmente pela sua querida Sofia. Maravilhosas e tenras costelas “al horno”, acompanhadas de salsas mexicanas, e claro, muito tequila. Que dia maravilhoso. Que gente amiga temos encontrado por aqui. E tudo isto, graças ao motociclismo, e aos amigos que se multiplicam. Muito obrigado, Fernando e Sofia, pela tarde maravilhosa que nos proporcionaram.
E hoje, segunda-feira, viemos até Morélia, capital do estado de Michoacán. Cidade antiga, fundada em meados do século 16, e que mantém em muito bom estado de conservação, as ruas com os calçamentos originais, os prédios e as igrejas, belíssimas, por sinal.
Em Morélia estamos hospedados no Hotel Cassino (www.hotelcasino.com.mx) , que outrora pertenceu à rede Best Western.
Aliás, sobre hotéis aqui no México, existe uma página na internet http://www.hotelesmexico.com/, que nos fornece relação (não exaustiva) dos hotéis disponíveis. Clicando-se no link “Busqueda Geográfica”, abre-se mapa com todos os Estados. Basta clicar no Estado pretendido, e depois na cidade, e terás a relação dos hotéis, inclusive com preço, e breve descrição. Muito útil.
Feira livre em Tonalá, Jalisco

Catedral de Guadalajara, Jalisco

Com os amigos, Sofia e Fernando, em Guadalajara, Jalisco

Com o Gerente de Vendas da HD Jalisco, em Zapopan

Catedral de Morélia, Michoacán

Calle em Morélia, Michoacán

Outra calle em Morélia, Michoacán

Catedral de Morélia, Michoacán, à noite.


sábado, 24 de março de 2012

Tequila Express

Em Hermosillo jantamos no restaurante Xochimilco, expecializado em carnes de rês, pois, conforme já comentamos anteriormente, a região é a maior produtora de carne de gado do país. Comemos filé grelhado e costela. Saborosos, acompanhados de uma enorme tortilha de harina (de trigo), frijoles refritos e chiles.
Na segunda-feira prosseguimos viagem pela Mex 15, rumo ao sul, sempre pelas excelentes (e caras) carreteras de cuotas mexicanas. Dormimos em Los Mochis, no hotel City Express.
Na terça-feira fomos até Mazatlán, situada logo ao sul do Trópico de Câncer. Cidade de clima agradável, com mais de vinte quilômetros de belas praias, dezenas de grandes hotéis, e excelentes restaurantes, onde se come muitos frutos do mar. Nos fartamos com camarões.
Na quarta-feira, seguimos até Puerto Vallarta, onde nos hospedamos no Plaza Pelicanos Grand Beach Resort. E aí tivemos uma espécie de amnésia: nos esquecemos que um dia fomos pobres. Hotel gigantesco, com amplas e confortáveis instalações, sistema all inclusive, com todas as mordomias imagináveis. Menos internet. O uso da internet é custo à parte, e é caro. Por isso, desligamos o nosso netbook. Folga prá ele. Aproveitamos para curtir o hotel, as piscinas, as atrações, os shows, os coquetéis (me empanturrei de Negra Modelo – tirada), tudo à beira de charmosa praia do Pacífico, vendo monstruosos navios cruzeiro, ora chegando, ora partindo. Neste paraíso ficamos dois dias. Merecíamos mais, porém...
Sexta-feira viemos a Guadalajara, a capital do Estado de Jalisco, nos hospedamos no Hotel City Express onde pretendemos ficar três noites. O amigo Manuel nos indicou nesta cidade, o Hotel Del Bosque, porém está fechado, em reformas. Que pena!
E hoje, sábado, fomos fazer um agradabilíssimo passeio, no Tequila Express, La Leyenda (http://www.tequilaexpress.com.mx/). Trata-se de um passeio em trem (olha nós aí passeando de trem, novamente), muito confortável, até a localidade de Amatitan, onde está localizada a “Casa Tequilera Herradura”. Já na estação ferroviária, antes da saída, uma prévia do que seria o passeio, com a apresentação de mariachis, que nos acompanhariam o dia inteiro. O percurso é pequeno, cerca de duas horas, ouvindo boa música mexicana, e bebendo tequila: puro ou misturado com gelo e refrescos, sendo o mais popular conhecido como “marguerita”.
Na casa tequilera, um recorrido onde conhecemos as distintas etapas do processo de fabricação de tequila e suas origens. E para almoçar, um rico Buffet, só de comidas mexicanas, tudo à base de tortilhas de maiz, frijoles, carnes de rês e pollo. E os mariachis não pararam um só momento. O incansável conjunto nos brindou com dezenas e dezenas de sucessos mundiais: malagueña, aca entre nós, cielito lindo, cuatro caminos...
A tequila é feita da seiva da agave azul, uma espécie de cacto da região, que é colhido de oito a dez anos após o plantio. Cortam-se as folhas (como palmas) e aproveita-se um miolo compacto, chamado piña. Essas piñas são cozidas em um forno e amassadas para soltar a seiva, que é a matéria prima da tequila. Depois de fermentado, o líquido é destilado duas vezes.
O circo do Professor Jirafalis

Um camarãozinho em Mazatlán

Praia em Mazatlán, ao anoitecer.

Puerto Vallarta

Nosso hotel, em Puerto Vallarta

Com a embaixadora dos Mariachis

Plantação da agave azul

Agave azul recém colhida

Preparando as piñas para cozimento


Show com mariachis e dançarinos

segunda-feira, 19 de março de 2012

Hermosillo

De Ensenada rumamos direto para Tecate, na fronteira com os States, e ali seguimos pela Mex 2, em direção a San Luis Rio Colorado, tendo o cuidado, segundo recomendações de amigos, de não entrar em Mexicali, a capital da Baja California. Disseram-nos que lá o trânsito é caótico vinte e quatro horas por dia. Acho que é verdade, pois alguns quilômetros antes, há um desvio chamado de “Evitamiento”, que contorna a cidade e nos devolve à rodovia outros tantos à depois.
Resolvemos pernoitar em Puerto Peñasco. Para isso, tivemos que deixar a Mex 2 e nos meter por uma rodovia secundária, que corta o Desierto de Altar. Paisagem de botar medo. Nada ao lado direito, nada ao lado esquerdo da rodovia. E por muitos quilômetros. Finalmente, como uma miragem, surge a cidade. Antigo porto e colônia de pescadores, hoje é um dos destinos turísticos mais procurados pelos vizinhos norte-americanos, especialmente de jovens, que nesta época curtem seu folguedo Spring Brake. Dezenas de grandes, digo, monstruosos hotéis, e hordas de jovens alegres fazendo festa. E bebendo cerveja. E com ruidosos carros de som. Talvez a liberdade que eles não têm em seu país, extravasam aqui. O resultado é uma cidade alegre, movimentada, cheia de vida.
Ficamos no hotel Vina Del Mar. Bom, com preço razoável.
O domingo amanheceu nublado, com uma garoa enjoada, mas sem os fortes ventos que nos receberam na véspera. Resolvemos que seguiríamos viagem, e nos metemos novamente pelo Desierto de Altar. Quebrando a monotonia, a cada pouco um “reten” militar. Perguntas de praxe, revista de carro, de bagagem, e “adelante señor!”.
No rádio do carro, entre músicas e notícias, massiva propaganda do governo, de seus feitos, e alertando a população da proximidade das eleições, para que escolham criteriosamente em quem votar. Sei!
Ah! E entre as músicas, uma nossa conhecida: Ai se eu te pego, assim... Nem aqui conseguimos nos livrar disso! Mas não há como negar: é um sucesso mundial!
Começo de tarde, chegamos a Hermosillo, capital do Estado de Sonora. Bonita, mais de seiscentos mil habitantes, largas avenidas, terra de ricos fazendeiros de gado. Estamos no hotel Ibis.
Chegamos à fronteira com os States

Rodamos muitos quilômetros ao lado da fronteira (linha à esquerda)

Mirante da serra La Rumorosa, próximo a Mexicali

Tempestades de areia são constantes por aqui (deserto)

Retén da Polícia Federal

Areia na estrada

Por do sol em Puerto Peñasco

Bebendo uma cervejinha em Puerto Peñasco

Camisetas Harley Davidson originais (sic) a escolher

Jantinha básica

Aqui também tem essa praga

sexta-feira, 16 de março de 2012

La Bufadora

Dedicamos a manhã de quinta-feira para visitar a Salinera de Guerrero Negro, uma das maiores do mundo, que produz algo em torno de vinte mil toneladas/dia de sal. Lá tudo é grande: os tanques para evaporação da água, as máquinas encarregadas da coseccha, os vagões utilizados no transporte do produto. A água utilizada para extrair o sal vem da Laguna Ojo de Liebre, que é quatro vezes e meia mais salgada que a do Pacífico.
Feita a visita, seguimos para Ensenada. Pelo caminho, mais quatro reten do Exército e dois da Polícia Federal. Em cada um deles, fila de espera e revista minuciosa no caro, na bagagem...
Depois de San Quintin, a paisagem começa a mudar. E para melhor. Os cactos e as pedras são substituídos por extensas plantações de pepinos, morangos e tomates. E tudo muito bem cuidado, irrigado, e coberto com plásticos, formando grandes estufas. Aumenta também, sensivelmente, o tráfego de veículos.
Chegamos a Ensenada já noite e nos hospedamos no Hotel Best Western El Cid, bem no centro da cidade, numa rua muito movimentada. Bom hotel.
E hoje pela manhã fomos conhecer a famosa “La Bufadora”, uma das grandes atrações locais. Trata-se de uma fenda nas pedras, que com a força das ondas do Pacífico, a água é comprimida e pulverizada, provocando grande névoa e um ruído como o bufar de uma baleia, ou de uma maria-fumaça.
À tarde, na Ruta Del Vino, conhecemos duas vinícolas: Doña Lupe, que por mais de quarenta anos vem produzindo vinhos caseiros orgânicos, e abrindo suas portas a todos aqueles que querem provar seus pães, queijos, doces, salsas. E vinhos, naturalmente. Visitamos também L. A. Cetto, El Gigante Del Valle: instalações de primeiro mundo, combinada com uma experiência de mais de oitenta e cinco anos na produção de vinhos.
Ensenada é a única região produtora de vinhos do México.
Lagosta, com delicadas salsas mexicanas

Hotel Malarrimo, em Guerrero Negro

Vagon transportador de sal

Uma pedrinha de sal

Sal embarcando para exportação

Jantar em Ensanada: camarões, steak, e Negra Modelo

La Bufadora

Mirante, de La Bufadora

Maior vinícola da região

Degustando um Merlot Doña Lupe

quarta-feira, 14 de março de 2012

Baleias

A terça-feira amanheceu como esperado: sem ventos e ensolarada. Ideal para avistar baleias. E lá fomos nós, em um pequeno barco comandado pelo Capitán Henrique, que dividimos com um simpático casal de texanos. As baleias estavam lá. Vimos dezenas delas, mas muito ariscas, submergiam quando nos aproximávamos. Mas mesmo assim conseguimos assistir a muitos acenos de caudas, e em duas ocasiões, raro espetáculo: as enormes baleias tirando quase que metade do corpo fora d´água, como que buscando alcançar alguma coisa no céu. Eram baleias cinzentas da Califórnia (aqui chamadas de ballenas gris), que passam parte do ano nas geladas águas do Alaska se alimentando, e depois vêm para o litoral do México, onde têm seus filhotes.
De Puerto San Carlos seguimos até Loreto, antiga capital das Califórnias (região onde hoje estão a Califórnia dos EUA e a Baja Califórnia), que abriga até hoje, a Misión Nuestra Señora de Loreto, a primeira a ser construída na região, em 1.699. Ficamos no Hotel Oasis (www.hoteloasis.com), que tem elegantes cabanas à beira mar, cobertas com folhas de palmeiras, chamadas palapas, com direito a repousante rede na varanda.
Em seguida passamos por Mulegé, que abriga as praias mais bonitas do México, onde o mar varia do azul ao verde. Pequeno povoado.
Em Santa Rosalía visitamos a Iglesia de Santa Bárbara, pré-fabricada com armação de metal, foi projetada pelo arguiteto Gustave Eiffel (o mesmo da torre em Paris). Esta pequena cidade foi fundada em 1.880 por uma companhia mineradora de cobre francesa. Visitando a igreja, percebe-se que ela é diferente das demais. Leve, espaçosa, aconchegante, acolhedora, e que, apesar de algumas colunas internas, consegue-se enxergar o altar de qualquer posição. É criação de um gênio, sem dúvida.
Por fim, já na metade da tarde, chegamos a Guerrero Negro. Mas antes, vários reténs do exército pela estrada, onde todos os veículos são minuciosamente revistados. Estamos hospedados no Hotel Malarrimo (www.malarrimo.com), que conta com excelente restaurante em anexo. Prá variar, jantamos lagosta.
Avistamento de baleias, em Puerto San Carlos

Mais baleias...

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Paisagem típica da Baja Califórnia Sur

Praia ao sul de Loreto

Amanhecer no Hotel Oasis, em Loreto

O que significará isso? Três raias (faixas) contínuas!

No lo compreendo, señor! Porquê?

Praia ao sul de Mulegê

Iglesia de Santa Bárbara, em Santa Rosalía

Por do sol em Guerrero Negro