domingo, 25 de setembro de 2011

Dawson Creek a Whitehorse

Quinta-feira 22/Jul, a Sábado 24/Jul (55º ao 57º dias de viagem)
E para começar bem o dia, nada como um breakfast típico canadense. E para tanto, o nosso colega Jairo nos levou ao Tim Horton’s. Trata-se de uma rede canadense de fastfood, especializada em lanches, aberta 24 horas por dia. Apesar de ser bastante cedo, nos deparamos com grande fila de pessoas querendo saborear os quitutes oferecidos. Logo pensamos: se tem movimento, deve ser bom. E é mesmo. O lema da rede é “always fresh” (sempre fresco). As comidas sempre com jeito de que acabaram de sair do forno. Uma verdadeira delícia.
Fato curioso que temos observado, por aqui quase não se vê polícia. Nem nas ruas das cidades, nem nas rodovias. Explica-nos Jairo, que o índice de criminalidade é baixo, o nível de educação é alto, o trânsito é disciplinado, por isso, poucos policiais.
Em Chetwind, chama a atenção, a grande quantidade de esculturas expostas ao longo da rodovia, que corta a cidade. São estátuas feitas em madeira, por índios, retratando figuras humanas e animais.
Ao final da tarde, chegamos a Dawson Creed, onde está localizado o marco inicial (Mile 0) da Alaska Higway. Dali até Fairbanks, são 2.233km. Conferiremos.
Depois de Fort Nelson, ainda na rodovia 97N, fomos apresentados ao “loose gravel”. São pequenas pedras soltas sobre o pavimento. Um veneno para as motos, pois tornam a pista muito escorregadia. E se estendem por vários quilômetros. E não foi só isso! Também nesse trecho, obras na pista. E algumas curiosidades foram notadas.
Nosso dia de viagem termina em um simpático hotel, na milha 462 da Alaska Higway, no município Muncho Lake, na Beautiful British Columbia. É o Northern Rockies Lodge, novinho em folha, construído com toras de madeira deitadas, em autêntico estilo nórdico. E em torno de um vinho produzido em Ontário, estamos agora a planejar onde e quando faremos a próxima revisão em nossas motos. Temos duas opções: em Whitehorse, ainda no Canadá, ou em Anchorage, lá no Alaska. Meu voto vai para...
A cada curva da Alaska Hwy, uma nova surpresa: paisagens maravilhosas se alternam transformando a viagem em puro prazer. É bom lembrar que um motociclista tem 180º de visão, ou seja, além de manter o olhar firme em frente, fixo na estrada por onde passará, sua visão periférica enxerga tudo o que está nas duas margens. Acho que esta é uma das razões que leva as pessoas a gostarem de motos. Mas, e as paisagens? Nos dois lados da estrada, sempre floresta de pinus a perder de vista, somente interrompida por lagos ou rios. Ao longe, montanhas cobertas de vegetação ou rocha pura, manchadas com o branco da neve, formando um todo muito harmonioso.
Subitamente a contemplação é interrompida. Um enorme bisão pasta tranquilamente, logo ali, a poucos metros da estrada. O enorme animal parece não notar nossa presença. Nem mesmo o poderoso ronco das cinco motos o assusta. Fotos tomadas, segue o trem, para logo à frente, outro mais, e mais outro, e depois uma manada deles. Todos muito calmos, parecem mais preocupados em escolher e saborear as folhas mais tenras e frescas do capim umedecidas pelo orvalho da manhã, do que com a movimentação daqueles 6 ET, vestidos de preto, que procuram os melhores ângulos para fotografar.
Em Watson Lake, um compromisso: fixar as nossas placas no Sign Post Forrest, ao lado de dezenas de milhares de placas fixadas por viajantes do mundo todo, que por ali passaram. Essa tradição começou em 1942, durante a construção da Alaska Hwy, com os engenheiros do exército dos Estados Unidos, que colocaram em um poste, placas com direção e distância de várias cidades do Canadá, dos Estados Unidos, e do mundo todo.
Chegando em Whitehorse, a capital do estado do Yukon, outra surpresa: o barco SS Klondike, totalmente restaurado, e instalado em terra firme, hoje é um museu que retrata o período em que este meio de transporte foi o responsável pela movimentação de cargas e pessoas, através do rio Yukon.









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