domingo, 4 de setembro de 2011

Tren a las Nubes


40º e 41º dias da viagem
Finalmente conseguimos realizar um sonho antigo, que temos buscado desde 2004, quando tomamos conhecimento da existência do Tren a las Nubes. Depois de várias tentativas frustadas, eis que chega o grande dia.
Tenho uma grande atração por trens, herança do meu pai, que foi mecânico das lentas e barulhentas locomotivas conhecidas por maria fumaça. Nele eu sentia uma grande paixão pelos trens. E isso passou para mim.
Nosso passeio começou bem. Muito bem, por sinal. Através do nosso amigo Jorge Pimentel, contactamos com Lito, da agência Aletur, de Salta, para a compra das passagens. E qual não foi a nossa surpresa, quando o Lito nos entregou os bilhetes, de cortesia!!!! Fantástico! Obrigado Lito. Obrigado Pimentel!
O “Tren a las Nubes” parte da estação de Salta às 7:05 da manhã. Percorre 217 quilômetros até o viaduto La Polvorilla, atravessando 29 pontes, 21 túneis, 13 viadutos, 2 “rulos” e 2 “zigzags”, extendendo-se a viagem em 16 horas até voltar à cidade de Salta.
A altura de suas vias, que chegam a 4.200 metros sobre o nível do mar, o converte em um dos trens mais altos do mundo.
Durante todo o recorrido se realizam duas paradas: uma, no viaduto La Polvorilla, e outra ao iniciar o regresso, na estação de San Antonio de los Cobres.
A paisagem que se descortina das janelas do trem é impressionante. Inicia em região verde, que vai mudando lentamente, até a vegetação característica da puna, algumas poucas touceiras de um capim seco por absoluta falta de água, e violentamente castigado por fortíssimos ventos, e cactos.
Em San Antonio de Los Cobres, dia de trem é dia de festa. Festa que a população faz para receber os turistas, para poder oferecer seus produtos de artesanias, suas comidas, cantar suas músicas.  Tudo é válido para agradar e receber algum valor em troca.
Belíssimo passeio.
E hoje, outro desafio: conhecer a RN 81, que atravessa o chaco argentino, ligando as cidades de Tartagal a Formosa. Rodovia deserta, cortando uma região desértica. Às vezes parecia que estávamos sós no mundo, tamanha a solidão da região.
Ao final da tarde, um oasis chamado Las Lomitas. Pequena cidade que serve de descanso para os viajantes. E aí encontramos um hotel que nos surpreendeu: El Portal Del Oeste. Não pensamos duas vezes: é aqui que vamos nos “quedar” por hoje.
Amanhã, Asuncion.











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