quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

São Luís do Maranhão


Quarta-feira, 27 de fevereiro.
Hoje foi um dia completamente anormal para nós, pois iniciamos as atividades muito cedo, haja vista a grande distância que temos pela frente, até a cidade de São Luís, a formosa capital do Maranhão. A rota calculada tanto no Maps.Google quanto no GPS, apontam para algo em torno de oitocentos quilômetros, isto porque a rodovia faz uma grande volta para contornar a Baia de São Marcos, e chegar a São Luís.
A rodovia BR 316, entre Belém e São Luís

Muitas barracas comercializam frutas à beira da rodovia

A rodovia corta várias cidades

Santa Helena
Uma última olhada na minha caixa de mensagens, e lá encontro mensagem do meu amigo Yuri, do BMW Clube do Pará, me passando um roteiro um pouco diferente, mas encurtando esta enorme distância: seria seguir pela BR 316 normalmente até passar a cidade de Maracaçumé, já no Maranhão, e logo em seguida entrar por rodovia estadual para Santa Helena, depois Pinheiro, e por fim Cojupe, um distrito de Alcântara, às margens da Baia de São Marcos, e ali tomar um ferry-boat para fazer a travessia, desembarcando diretamente em São Luís, economizando assim, muitos quilômetros, e mais que isso, fugindo do sol inclemente da região (isso se não estivesse chovendo).
Santa Helena

Trecho sem asfalto...

Casas de barro, cobertas de palha

Sempre cabe mais um...



A saída de Belém foi um pouco tumultuada devido ao grande fluxo de veículos, já naquela hora da manhã, que se estendeu por mais de duas horas, devido a rodovia cortar vários municípios da região metropolitana, emendados entre si.

Animais na pista

Chegando no Ferry, em Cujupe
E a rodovia estadual não estava em boas condições: muitos buracos, traiçoeiros buracos espalhados em toda a sua extensão, por mais de duzentos quilômetros. Em certos trechos os buracos eram tantos, que garotos munidos de pás, atiravam terra para tapá-los, em troca de alguns trocados. Agravando a situação, muitos quebra-molas, muitos deles sem sinalização de advertência, sem placas indicando para diminuir a velocidade, construídos totalmente fora de qualquer padrão, curtos e altos demais que sempre esbarravam na proteção do motor.
Embarcando no ferry

Local reservado para os passageiros, no ferry

Tomando um ar fresco na popa do ferry

A proa do ferry

Uma vista geral da "bodega" do ferry

A Grande Guerreira espremida entre os carros

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Por volta de duas e quinze da tarde chegávamos a Cujupe, no exato momento em que um ferry estava atracando, e cuja saída estava marcada para as duas e meia. Foi só o tempo de comprarmos os tickets, embarcarmos e pronto: estávamos novamente navegando. Pela moto mais piloto pagamos vinte e cinco reais, e pelo garupa mais oito reais. A travessia demorou em torno de uma hora e quarenta minutos, com o enorme ferry balançando bastante ao sabor das ondas da sempre agitada Baia de São Marcos.
Gaivotas acompanham o ferry

Desembarcando...

Chegando a São Luís

Acesso à Praia do Calhau, em São Luís
O serviço de travessia é feito pela empresa SERVI-PORTO Serviços Portuários Ltda. (www.serviporto.com.br).
Em São Luís nosso destino é a casa do meu amigo Agnaldo, na praia do Calhau, onde chegamos facilmente e ele já nos aguardava. Fiz as contas da quilometragem percorrida, e constatei que economizamos duzentos e sessenta quilômetros e algumas horas de exposição ao sol.
Com o meu amigo Agnaldo

Uma Cerpa para comemorar

A piscina da casa de Agnaldo, vista da sacada do nosso quarto
Conheci o Agnaldo em 1967, quando fizemos juntos o curso de Sargento de Infantaria do Exército Brasileiro, na EsSA (Escola de Sargentos das Armas), em Três Corações, Minas Gerais. Depois disso nos encontramos algumas vezes, sendo a última em novembro do ano passado, quando fizemos o encontro comemorativo dos quarenta e cinco anos de formatura da turma, realizado em Balneário Camboriú. Agora estamos aqui em São Luís, sendo recebidos e alojados em sua casa, na praia do Calhau, para desfrutar da sua simpatia e hospitalidade.
Verdadeira tentação: uma manga madurinha!

Não resisti e fui à colheita

Colheita efetuada com sucesso!
Agnaldo mora bem, numa casa confortável, tipo sobrado, de frente para o mar – vejo ao longe grandes navios graneleiros aguardando para atracar no porto para carregar o minério que vem da Serra de Carajás – e bastando atravessar a rua para desfrutar da maravilhosa praia do Calhau. Pura mordomia, para o descanso deste grande guerreiro, detentor de vários cursos e títulos importantes conquistados ao longo de sua carreira militar, e que agora curte merecida aposentadoria, digo, reserva remunerada.
Tantos frutos maduros...

Agnaldo e sua piscina

Pintura de casario de Alcântara, terra natal de Agnaldo

Ataque as cocos

Quinta-feira, 28 de fevereiro.
Fomos acordados por pássaros, que diariamente frequentam o pomar da casa para beliscar os frutos maduros, especialmente mangas e cajus. Nós também aproveitamos e fizemos a nossa colheita, inclusive de alguns cocos verdes, para saborearmos mais tarde. A fruta colhida diretamente na sua árvore tem muito mais sabor do que aquela comprada em verdureiras.
Aproveitamos enquanto a manhã ainda estava fresca, com suave brisa soprando do mar, para cumprir com mais uma etapa do desafio do Bandeirante Fazedor de Chuva. Agnaldo foi conosco para testemunhar o feito e eventualmente atuar como fotógrafo.
O Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão

Prefeitura Municipal de São Luís

Fórum

A Capitania dos Portos

Mais Palácio dos Leões

São Luís, ao fundo
O Palácio dos Leões é o edifício sede do Governo do Estado do Maranhão, e está situado no Centro Histórico da cidade, às margens da Baia de São Marcos, ao lado da Prefeitura Municipal, do Fórum, e da Capitania dos Portos.
A sua localização privilegiada, no alto do promontório onde nasceu a cidade de São Luís, aliada à sua trajetória histórica, à sua arquitetura e seus bens artísticos, fazem do Palácio um conjunto de fundamental importância para o entendimento da formação da identidade cultural do povo maranhense.
Fundos do Palácio dos Leões

Monumento em homenagem a ...

Ao fundo, a Ponte José Sarney
Sua origem remonta a 1612, quando os franceses comandados por Daniel de La Touche, senhor de La Ravardiere, sob a proteção da rainha regente da França, Maria de Médicis, estabeleceram entre os estuários dos rios Anil e Bacanga, na ilha de Upaon-Açu, a colônia que batizaram de França Equinocial. Iniciaram a construção de um forte, ao qual deram o nome de São Luís, em homenagem ao rei Luís IX de França.
Após a expulsão dos franceses em 1615, o forte de São Luís é rebatizado São Felipe pelos portugueses. Dentro do recinto do forte, o capitão-mor Jerônimo de Albuquerque inicia a construção da residência dos Governadores, erguida com a técnica de taipa de pilão por mão de obra indígena.
Após várias reformas, em 1911, quando Luís Domingues assume o governo do Maranhão, encontrou o Palácio com pouca mobília, e muitas salas necessitando de reparos. Na fachada havia um brasão heráldico com leões pintados em azulejos, o que levou o governo a adotar o nome de Palácio dos Leões para o Palácio do Governo.
Com a devida autorização da segurança do prédio, a foto foi tirada para comprovar a nossa visita, e agora somente nos restam cinco capitais. Falta pouco, muito pouco, pouco mesmo!
Outro Forum

Residência da familia Sarney, na Praia do Calhau

3 comentários:

  1. Puxa!!!!! cada lugar é um sonho. Passe por Rio Claro no retorno e tomarmos umas geladas e comeremos o melhor bacalhau do Brasil

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    1. Olá Natal, boa noite! Rio Claro no roteiro. Acredito que lá pelo dia 15 de março, uma sexta-feira, essas geladas, e esse bacalhau serão devidamente "traçados". Abraço

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  2. Boa noite, Roberta!
    Sentimos muito não termos ido ao aniversário do Arthur, nosso pequeno/grande amigo. A viagem está muito boa, e as dicas que você e Paulo nos deram sobre edições no blog estão ajudando bastante, inclusive permitindo colocar mais fotos. Muito obrigado.
    Acho que mais uns quinze dias e estaremos de volta a Balneário. Também estamos com saudades de todos.
    Nossos parabéns para o Arthur pela passagem do aniversário. A festinha deve ter sido muito legal.
    Abraço para todos.
    Osmar e Terezinha

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