segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Linden


Segunda-feira, 11 de fevereiro
Choveu durante a noite toda. Não muito forte, mas o suficiente para nos preocupar com o estado da estrada, que poderia piorar.
Saímos da pousada por volta das nove, sem chuva, com sol fraco. Temperatura agradável para viajar. A chuva da noite não danificou a estrada. Pelo contrário, somente apagou a poeira. Estava gostoso para viajar.
Saída da Pousada Rock View

Primeiros sinais da floresta

Logo chegamos à região onde a estrada adentra na floresta. Ali começa o Parque Iwokrama. A rodovia penetra na floresta, e parece que é engolida por ela. Fica cada vez mais estreita. Passagem para um carro apenas. Nenhum movimento de veículos. Um posto policial marca o início da reserva florestal. Ali precisamos nos identificar.
Estrada boa, pouco movimento

Primeiro posto policial; páre e identifique-se

GPS operando no modo "fora de estrada" por conta do mapa não roteável

Muitos animais na estrada
Uma centena de quilômetros rodados e chegamos ao rio Essequibo, onde um balsa faz a travessia dos veículos. Antes porém, outro posto policial onde são novamente verificados todos os nossos documentos, e uma aduana, que quer saber tudo da moto, ver todos os documentos.
Tudo em ordem, balsa, aqui vamos nós.
A primeira atolada a gente nunca esquece!

O barro grudou no páralama e trancou a roda dianteira

Alguém tem que fazer o serviço sujo!

Posando para o blog
Já tínhamos rodado por aproximadamente seis horas, e encontrado apenas e tão somente seis veículos. Rodovia completamente deserta.
Tudo ia muito bem, quando começou chover torrencialmente. Jamais vi algo parecido. Chuva de enxurrada. E a frágil estrada sucumbiu. O que antes era verdadeiro “mamão com açúcar”, azedou completamente. Atoleiros apareceram, o ritmo de viagem caiu.
Opps! Uma cobra.

Balsa "meio" rústica

Enquanto isso, na balsa, outra pose!

Corredeiras do rio Essequibo
A previsão era pernoitarmos em Mabura, tendo já percorrido 220 quilômetros, porém, para nossa surpresa, não havia hotel, pousada, ou algo parecido. Tínhamos informação confiável que ali encontraríamos pernoite. Bem, a solução então é continuar, por mais 110 quilômetros, até Linden, a terra da bauxita. Abasteci e fomos beber e comer algo. Eram quatro da tarde, e até essa hora não tínhamos comido ou bebido algo.
A chuva parou, mas deixou sua marca. Impossível andar a mais de 20 por hora.
Árovres gigantescas

Floresta exuberante

A estrada vista por outro ângulo

Mais um atoleiro vencido
Bebemos uma coca-cola cada, e conversando com o dono do restaurante, este nos aconselhou a seguir logo para Linden, para não pegarmos noite na estrada. Ele até fez uma grande gentileza: ligou do seu celular para um hotel em Linden e fez reserva para nós. Beleza!
E lá fomos nós. E a estrada cada vez pior, com mais atoleiros de lama e areia.
E mais outro pela frente!

Mais uma barreira policial. Aqui me pediram a PID.

Intensa atividade madeireira
Depois de muito cansaço e muitos sustos, derrapadas, escorregadas, dançadas e outras “adas”, finalmente chegamos a Linden por volta das oito da noite. Com o auxílio de um taxi logo encontramos o hotel Watooka Guest House (592-444-6194), um casarão antigo, do tempo dos ingleses e com charme tropical.

4 comentários:

  1. Olá OSMAR e TEREZINHA!!!
    Que aventura! Mas tudo corre tranquilo quando acreditamos no ser humano orientado por Deus.Esperamos que esta estrada horrorosa termine logo.
    Abraços

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    1. Olá Manja, finalmente chegamos ao asfalto. Verdadeiro mamão com açúcar. Agora é só desfrutar as belezas da Guiana.
      Abraço,
      Osmar e Terezinha

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  2. Grande Osmar, esse trecho pelo visto foi o pior até o momento....mas o importante é que voces chegaram bem, apesar do sufoco...rsrsrsrs...abração a voces , e boas estradas.

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    1. Olá Jacob, sem dúvida, o pior momento da viagem foi este. Só nós dois, à noite, país estranho, estrada de terra, lama, areia, e chuva. Muito grato pela leitura do nosso blog.
      GGCCFFCC Osmar e Terezinha

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