terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Belém do Pará


Domingo, 24 de fevereiro.
Mais uma do Marco Zero, em Macapá

Lembre-se: você está no meio do mundo!
Era intenso o movimento no porto de Santana na manhã de domingo. Barcos chegando trazendo passageiros e mercadorias: peixes, frutas, farinha, etc. E barcos partindo, levando passageiros, motociclistas e suas motos e muitas saudades. Saudades dos amigos que aqui fizemos e aqui deixamos. Foi um final de semana inesquecível, na companhia dos amigos Heitor, Andréa e Gabi. Quiséramos ficar mais, porém ainda temos muito que percorrer. Um dia, quem sabe...
Porto do Grego, em Santana, próximo a Macapá.

Este é o nosso navio: o Coronel José Júlio.

Preparando para o embarque: teria que passar por dentro deste.

Até que foi fácil!

Agora passando para o José Júlio

Pronto. Agora é só manobrar para acomodar ela entre as redes.
O nosso barco NM Coronel José Julio já estava bastante carregado quando chegamos. Foi fácil embarcar a moto, pois ele estava alinhado com o piso do cais. Entramos rodando. E o barco partiu exatamente na hora prevista, dez da manhã.
Toda amarrada para evitar queda, em caso de balanço do navio.

Pessoal das redes acompanhou o embarque

Tabela de preços

Depois de zarpar, uma foto para lembrar

Conferindo as amarrações


Vida a bordo
O Coronel José Julio é um barco de ferro, velho, mas se revelou bastante rápido. Ficamos em um dos quatro camarotes. Equipado com ar condicionado (um aparelho para dois camarotes) e duas camas em forma de beliche. E só. Nada de mesa, cadeira, ou qualquer outro item de conforto.
O beliche no camarote.

Almoço: PF bem servido!

Crianças aguardam a passagem do barco para ganhar presentes que são atirados pelos passageiros

Lá vem o pequerrucho pegar o seu!

Um racha aquático!

Embarque no meio do rio

Balsa com carretas
Banheiros de uso comum a todos os passageiros e tripulantes, na popa.
A grande maioria das pessoas viaja em suas próprias redes. Homens, mulheres e crianças passam o dia todo, e a noite também, deitados em suas redes. No total, deveria haver ali unas cento e vinte pessoas.
Exceto o café da manhã, a comida não estava inclusa no preço da passagem. O almoço me lembrou a comida dos navios de cruzeiro, ou seja, nada a ver. Por dez reais, um PF bem servido com feijão, arroz, macarrão, maionese e carne de panela. Na mesa, farinha e água à vontade. Para o jantar, idem, idem, com opção de carne ou frango.
Contemplando a maravilhosa natureza

Viajando na proa

E junto com a moto

Eita vidinha mais ou menos

A casa de um ribeirinho

Escola para os ribeirinhos
Sem internet a bordo, sem TV ou outra distração, restam poucas alternativas para fazer o tempo passar. A paisagem que desfila aos olhos muda pouco, quase nada. É mato e água para onde quer que se olhe. Às vezes as margens se aproximam e logo tornam a se afastar. Vez por outra, a casa de um ribeirinho quebra a monotonia do verde, e o balançar do barco indica que ele pegou uma onda deixada por outro barco que passou. É frequente encontrar grandes balsas carregadas de caminhões carretas, indo ou vindo.
Belém à vista!

Desembarcando...

Desembarcado!

O acesso ao cais é ruim demais!

E uma jantinha em Belém, para compensar: filhote grelhado com alcaparras
A maioria dos passageiros (homens) vieram conversar comigo, e fizeram duas perguntas sobre a moto (que todos olhavam maravilhados): quanto corre? E, quanto custa?
Segunda-feira, 25 de fevereiro.
O café da manhã a bordo foi mais ou menos o esperado: café preto já adoçado (mas muito adoçado), leite, biscoito cream cracker, margarina, e maçã. Bom demais!
Chegamos a Belém por volta das doze e trinta. O desembarque foi rápido e fácil, sem emoções. Do porto, rumamos direto para Raviera Motors, a revenda autorizada BMW em Belém, para um check-up na moto. Acho necessário uma boa olhada nas pastilhas dos freios, estado dos pneus, e funcionamento geral da moto depois dos trechos de estradas ruins por onde passamos.
Fomos muito bem recebidos e atendidos por todos, e em menos de duas horas já estávamos prontos. Agradeço ao Márcio que agilizou o atendimento, e inclusive reservando hotel para nós, nesta bela cidade.
Estamos hospedados no Ibis.
Terça-feira, 26 de fevereiro.
Dia dedicado a conhecer um pouco da cidade de Belém. Logo cedo nos encontramos com o Vivaldo, um militar reformado que mora na cidade, meu amigo dos tempos de Exército. Fizemos juntos o curso de Sargentos na EsSA (Escola de Sargentos das Armas), em 1967. E para começar, fomos direto para o famoso Mercado Ver o Peso, onde é vendido de tudo, mas principalmente, frutas e peixes da Amazônia. E nisso Vivaldo é perito, pois aprendeu muito sobre os recursos da floresta, nos cursos de sobrevivência e de guerra na selva que fez por aqui. E sempre que possível, experimentávamos de tudo, principalmente as frutas exóticas. Deliciosas!
O centro antigo de Belém

Frutas no Mercado Ver o Peso

O cupuaçu

Ilustres visitates

Com o meu amigo Vivaldo

A polpa do cupuaçu

Peixes do rio

A bela estrutura de ferro do mercado (veio de Inglaterra)
Depois um citytour pela parte histórica da cidade, almoço numa das melhores peixarias e nos despedimos. Eu e Terezinha partimos para mais um compromisso dentro do desafio Bandeirante Fazedor de Chuva: visitar o palácio sede do governo do Estado do Pará, conhecido como o Palácio dos Despachos. Está situado um pouco retirado do centro, na rodovia Augusto Montenegro, Km 9. Com a devida autorização do comandante da guarda, foto tirada para comprovar a visita, e agora somente nos restam seis capitais. Falta pouco, muito pouco, pouco mesmo!
Ao fundo, as torres do mercado

O relógio da praça do mercado

Antigo palácio sede do governo do Estado. Hoje um museu

Com o meu amigo Vivaldo, num monumento em homenagem aos Expedicionários

Prédio da Assembléia Legislativa do Pará

Com Vivaldo, almoçando um peixinho

No Palácio dos Despachos, sede do Governo do Estado do Pará
Estação das Docas: criada a partir da restauração do antigo porto de Belém, é um convite à contemplação da bela Baia do Guajará. Com 500 metros de extensão e área de 32 mil metros quadrados, o espaço abriga três armazéns e um terminal de passageiros, que oferecem variadas opções de gastronomia, cultura, lazer e entretenimento. E foi lá, na Cervejaria Amazon Beer que, a convite do Ismar, encontramos com amigos do BMW Clube do Pará, para uma conversa sobre viagens de moto. Foi uma noitada muito agradável. Muito obrigado amigos, pela gentileza.
Com os amigos do BMW Clube do Pará: Marize, Nathalia, Yuri, Ismar, Théa e Euler

5 comentários:

  1. A foto com os preços das passagens, mencionando a parada em Breves, me lembrou muito o tempo em que eu navegava no NT "Dom João", um petroleiro especializado no transporte de gasolina e querosene de aviação. Carregávamos a AvGas nos Estados Unidos e trazíamos para o Brasil. Passei muitas vezes no Estreito de Breves, subindo o Rio Amazonas entre Belém e Manaus. Lembro-me dos garotos, nas margens, vindo com as canoas e pedindo coisas. Os tripulantes jogavam para eles pão de forma e latas de leite condensado e leite em pó. 45 anos depois a pobreza naquela região continua igual.

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    1. Os garotos de Breves ainda estão por lá. É espetacular vê-los em suas minúsculas canoas abordar os navios em movimento. Pena que era noite, e não pudemos filmar. Mas levamos na memória. Abraço, Osmar e Terezinha

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  2. Oh Osmar...temos uma história parecida...fui infante da Aeronáutica (1° Sgt) e estou na Justiça Federal/RJ, onde exerço a função de Oficial de Justiça)...tenho uma motocicleta do mesmo modelo e ano da que aparece nas foto...GS 1200 R Adventure/2010...É isso? Irmão, estou com um projeto (expedição Oiapoque) para Outubro de 2017 e gostaria de algumas orientações quanto ao embarque da moto....Parabéns pela viagem!
    CLAUDIO AMORIM

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  3. Oh Osmar...temos uma história parecida...fui infante da Aeronáutica (1° Sgt) e estou na Justiça Federal/RJ, onde exerço a função de Oficial de Justiça)...tenho uma motocicleta do mesmo modelo e ano da que aparece nas foto...GS 1200 R Adventure/2010...É isso? Irmão, estou com um projeto (expedição Oiapoque) para Outubro de 2017 e gostaria de algumas orientações quanto ao embarque da moto....Parabéns pela viagem!
    CLAUDIO AMORIM

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  4. Coronel José Julio. História da minha família.

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