sábado, 27 de agosto de 2011

Potosi e Sucre

32º e 33º dias da viagem
Potosi é uma das mais antigas cidades da Bolívia. Foi fundada pelos espanhóis em 1545, numa altitude de 4.080 metros sobre o nível do mar, está encostada no Cerro Rico, uma montanha de prata. A quantidade de prata extraída nos primeiros duzentos anos e levada para a Espanha, dizem os nativos, que seria suficiente para fazer uma ponte ligando Potosi a Madri. E que também se poderia fazer outra ponte de volta, com os ossos dos milhões de índios e negros que ali morreram, obrigados a trabalhos forçados dentro da mina, sem sequer ver a luz do dia.
Na época da colônia, Potosi foi a mais rica e populosa (170 mil habitantes) cidade das Américas, mais populosa que Londres ou Madri.
Quando a prata acabou, a cidade decaiu para 10 mil habitantes, só se recuperando mais tarde, com a exploração do estanho, zinco, chumbo e cobre, e ainda, um pouco de prata. Hoje, esses minérios são explorados por cooperativas mineiras, que é a principal atividade econômica da cidade.
Potosi ostenta vários prédios dessa época, e o mais importante é “A Casa de La Moneda”. Ali se cunhavam as moedas de prata da coroa espanhola. Visita guiada nos mostra as duras condições de trabalho a que se sujeitavam os operários que ali labutavam.
O dia de hoje dedicamos a conhecer Sucre, a capital constitucional da Bolívia, a cerca de 165 quilômetros de Potosi. Fomos em taxi compartido com outros passageiros, pagando quarenta bolivianos cada um. Uma pechincha. As corridas de taxi aqui são baratas, por conta do combustível que é barato. Para os bolivianos. Isto porque foi baixada uma norma determinando que os veículos com placa estrangeira paguem o preço internacional da gasolina, ou seja, quase três vezes mais. Que pena! Estava bom demais, gasolina a menos de um real o litro...
Sucre está situada a 2.800 metros sobre o nível do mar, o que foi um alívio para nossos pulmões, já cansados do ar rarefeito de Potosi. Apesar de ser a capital constitucional, abriga apenas a Suprema Corte de Justiça. Todos os demais poderes foram transferidos para La Paz.
Amanhã retomaremos nossa viagem em moto, e iremos até Cochabamba. Para evitar estradas sem asfalto, retornaremos até Oruro.










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