segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cochabamba

34º e 35º dias da viagem
Deixamos para trás uma Potosi já bastante tranqüila, se recuperando da agitação dos últimos dias, quando sediou o festival denominado Ch´utillos, onde milhares de pessoas e devotos de São Bartolomeu, se divertem nas ruas, acompanhados por bandas de música típica, danças corporais, morenadas, diabladas, e outras.
Até Cochabamba, serão 525 quilômetros de muitas curvas e poucas retas.
Parada para almoço em Oruro, no restaurante Nayjama, cuja especialidade da casa é assado de cordeiro. Pedimos uma paletita. Estava deliciosa.
Faltando uns cem quilômetros para Cochabamba, um fato nos chamou à atenção. É normal, tanto no Peru quanto na Bolívia, encontrarmos à beira da estrada, pastores com seus cães cuidando de rebanhos de lhamas, alpacas, cordeiros e ovelhas. Mas agora, apenas cães. Muitos cães, espalhados, como que a cada meio quilômetro, havia um, sentado, pacientemente olhando o trânsito dos veículos. Mais tarde fomos saber, que são cães de rua, que vivem ali, à beira da estrada, esperando que os viajantes lhes atirem um pedaço de pão, ou algum outro tipo de comida.
Em Cochabamba nos hospedamos no Hotel Portales, o mesmo que em 2005 ficamos com nossos amigos Juan e Eluise, Edgar Xará, e Rubão 55 Milhas, quando voltávamos dos encontros em Cusco, no Peru, e Cuenca, no Ecuador.
E hoje foi dia de Citytour, para conhecermos um pouco desta maravilhosa cidade, a terceira mais populosa da Bolívia (menor apenas que La Paz e Santa Cruz), procurada por milhares de jovens, inclusive muitos brasileiros, para cursarem medicina.
Dom Armando foi o nosso guia. Com muita paciência e profundo conhecimento da cidade, levou-nos a apreciar os pontos mais importantes, como o Cristo de La Concórdia (Estátua parecida com o Cristo Redentor, rosto com traços indígenas, o maior do mundo), a Plaza 14 de Setiembre, o Mercado Las Canchas, o Palacete Los Portales (construído em 1925 por Simón Patiño, o “Rei do Estanho”, um dos homens mais ricos do planeta,  e o monumentos Heroínas de La Coronilla, na Colina San Sebastian, que homenageia as mulheres de Cochabamba, que lutaram e venceram os espanhóis numa batalha em maio de 1812.
E culminou nossa visita com um almoço típico boliviano, no restaurante Punto de Encontro, onde pudemos apreciar um “Charque”: prato feito à base de charque de carne de rês, cortado em delicadas fatias, assado em forno até ficar crocante e que se dissolve na boca, isento de gorduras, servido sobre uma cama de papas (batatas) ao vapor, ovos cozidos, choclo hervido (milho cozido) e uma generosa porção de um queijo branco muito suave. E para acompanhar, uma geladíssima Taquiña, a cerveja local feita com água da Cordilheira dos Andes. Nota dez.
Amanhã iremos até Santa Cruz de La Sierra.












2 comentários:

  1. Gostei da receita do "charque". Dá pra fazer aqui. Vamos tentar, quando vcs voltarem. Abração e continuem fazendo uma excelente viagem.

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  2. Olá Roque! Aquele charque estava bom demais. Melhor ainda se pudéssemos dividir com os amigos. Forte abraço, Osmar e Terezinha

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