domingo, 7 de agosto de 2011

De PM a Ollantaytambo

A saída de Puerto Maldonado foi debaixo de forte neblina, e frio de 15 graus. Com o aparecimento do sol, chegamos a confortáveis 23 graus. Nada mal.


A rodovia é nova, pavimento em bom estado, paisagem exuberante. Afinal, estamos na Amazônia Peruana. Tudo muito bom, não fossem as lombadas. Dezenas delas a retardar a nossa viagem. E quando se acabam as lombadas, começam as curvas, na subida da cordilheira.

Observamos que existe um grande trecho sem postos de gasolina, aqui chamados “grifos”, depois de Mazuco. Aliás, os grifos vendem combustíveis, e só. Nada de conveniências. Por isso é bom que os viajantes se previnam, trazendo consigo algo para comer e/ou beber, e procurar abastecer seu veículo quando o tanque de combustível estiver pela metade. Em hipótese alguma, esperar chegar na reserva.

A subida de cordilheira é um espetáculo à parte. Quase sem perceber, subimos de 200 para 4.715 metros sobre o nível do mar. Quase atingimos os picos brancos pela neve. Uma parada para apreciar a bela paisagem, saborear uma barrinha de cereais, beber um gole de água. E reforçar a roupa, afinal o termômetro marca sete graus. E é nessa hora que sentimos o mal de altitude (soroche). Dificuldade em respirar, atordoamento, náuseas, fadiga intensa. O segredo é fazer tudo devagar.

Quem parece não se importar com isso é a moto. O desempenho é exatamente o mesmo de baixas altitudes.

Outra observação importante é a autonomia da GS Adventure: abasteci em Puerto Maldonado e só fui completar o tanque aqui, na chegada, depois de rodar mais de quinhentos quilômetros. Também pudera, a capacidade do tanque é de 33 litros, segundo o manual (mas já conseguiram colocar 34).

Ao final da tarde, estávamos em Ollantaytambo, que foi uma das bases da resistência das forças de Manco Cápac contra os espanhóis, embora não estivesse completamente acabada quando da invasão.

É uma cidade que vive do turismo. É daqui que partem a maioria dos trens para Machu Picchu. Estamos hospedados no Hotel Ccapac Inka Ollanta, por indicação e orientação dos nossos amigos Manuel Quintana e Elton Marks, Grandes Caciques Fazedores de Chuva. Excelente hotel, cujo proprietário é alemão, casado com uma peruana, e que é motociclista como nós.

E vamos ficar por aqui até segunda-feira, quando então iremos a Cuzco fazer o seguro para a moto (SOAT), e depois seguiremos para Nazca, possivelmente com pernoite em Abancay.















2 comentários:

  1. Valeu Osmar, estou adorando os relatos.
    Abraços a voce e Trezinha
    PHD Natal

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  2. Grande viagem!!!
    Nao esta sentindo falta da Ultra?
    Abraco
    Cesar

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