quarta-feira, 3 de agosto de 2011

De PV a Rio Branco

Saímos de Porto Velho com temperatura bastante amena para a época: em torno de 25 graus. E não chegou a 30 graus, durante todo o dia. Bom para viajar.
Vejo que o movimento de caminhões diminuiu bastante.  É que boa parte deles embarca em balsas, em Porto Velho, com destino a Manaus.
Dos poucos caminhões que encontramos, muitos deles carregando imensas toras de madeira, com destino às numerosas serrarias da região.
Enquanto tocamos, observo a paisagem que desfila pelas margens da estrada. As imensas plantações deram lugar à floresta, e a grandes pastagens para gado. E os ipês deram lugar às castanheiras e palmeiras. Castanheiras solitárias, enormes, parecem nos vigiar enquanto cruzamos por elas.
Na localidade de Abunã, serviço de balsa para cruzar o rio Madeira, enquanto ponte não é construída. É uma pausa na viagem, para descansar as mãos e os pés, e conhecer pessoas, que se chegam a nós, atraídos pela moto, e por nós mesmos, vestidos feito verdadeiros ETs.
No começo da tarde, chegamos a Rio Branco e nos hospedamos no Hotel Guapindaia. Bom hotel, centralíssimo, e com excelente café da manhã.
Ao final da tarde, fazia um pouco de frio, algo em torno de 22 graus. E isso é temperatura ideal para os acreanos saborearem o “tacacá”. Os acreanos e eu. Essa iguaria, típica da região amazônica, leva entre seus ingredientes, folhas de jambu, um vegetal que tem o poder de amortecer a língua. Carreguei na pimenta e mandei ver. Gostei. Língua amortecida, praticamente anestesiada, céu da boca pegando fogo e tudo o mais.
E para hoje, estava reservado um dos mais esperados momentos. Encontrei-me com um colega de turma do Exército, o Felício, que mora aqui. Fizemos juntos o curso de Infantaria na Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações, Minas Gerais, em 1.967. Fazia quarenta e quatro anos que não nos víamos. Muita emoção. Almoçamos com ele e sua família, na chácara onde mora, e onde curte a merecida aposentadoria. Grande guerreiro!
Amanhã seguiremos viagem até Assis Brasil (330 km), onde cruzaremos para o Peru. Se possível, iremos até Puerto Maldonado (mais 215 km). Mas para isto, precisaremos levantar cedo. Vou por o despertador para as oito.
Viagem de aposentado é assim mesmo!









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