domingo, 14 de agosto de 2011

De Arequipa a Puno

20º dia da viagem.
Já estávamos com saudades da moto. Afinal, dois dias inteiros sem sequer ligar o motor dela, é demais para nós, amantes do motociclismo. Por isso, hoje, bem cedo, começamos os preparativos para seguir viagem. As malas precisavam ser feitas, porque tivemos que desfazê-las para selecionar o que levaríamos para o Colca. Agora as coisas deveriam voltar cada qual para o seu respectivo lugar, digo, respectiva bolsa.
Minha companheira é bastante prática, e num instante, tudo está ajeitado. Mais uma vez, tudo coube nas bolsas. Agora é minha vez. Enfiar as bolsas nos maleiros. E não dá outra. Couberam, incrível, mas couberam!
Apesar de ser manhã de domingo, o trânsito em Arequipa é o mesmo de sempre, um salve-se quem puder. Ninguém cede, todos querem ter razão e a vez, e com a mão na buzina vão abrindo caminho num congestionamento sem fim. E por incrível que pareça, a cidade está infestada de policiais, que passivamente assistem a tudo, como se aquilo fosse algo normal.
Com muito cuidado conduzo a moto para a saída da cidade, em direção ao nosso destino. Neste trecho, a rodovia faz parte do Corredor Interoceânico, que liga o Atlântico ao Pacífico, por onde passamos ao entrar no Peru (e o deixamos para ir em direção a Cusco).
Ao deixar Arequipa, a rodovia contorna os vulcões El Misti e Chachani até atingir um planalto onde se localiza uma zona protegida para vicunhas. E elas estão por todo lado. Há que cuidar para não atropelar alguma que cruza a rodovia bem à nossa frente. E com as vicunhas, estão as lhamas e as alpacas, estas últimas, difíceis de diferenciar.
A rodovia segue subindo até atingir seu ponto mais alto, em Crucero Alto, 4.528 metros sobre o nível do mar. A temperatura cai para dez graus apesar do belo sol que nos acompanha, mas necessitamos reforçar a roupa.
Próximo ao meio dia, estamos passando por Juliaca. E aqui, os conceitos mudam um pouco. Sabe aquele trânsito pesado de Arequipa? Pois é, até dá saudades. Loucura, loucura, loucura. Apesar de ser domingo, parece que todos vieram para a tradicional feira, localizada no canteiro central da grande avenida, com as duas pistas superlotadas de tuc-tucs, vans, ônibus, caminhões, mototaxis, e um veículo peculiar daqui, que consiste em uma bicicleta adaptada para transporte de tudo, de pessoas a mercadorias. É uma espécie de charrete, só que em vez de ser puxada, é empurrada. Seria um triciclo, com duas rodas na dianteira, sustentando o compartimento de transporte. E movido a tração humana. Terezinha fotografou algumas.
Vencido o trânsito de Juliaca (não sei porque o GPS me levou pelas ruas mais movimentadas), mais um pouco rodando por um planalto, e chegamos a Puno, a mais importante cidade peruana situada às margens do Lago Titicaca, a quase 4.000 metros de altitude. A chegada é em grande estilo. A rodovia deixa o planalto, vence umas montanhas, e de repente surge no horizonte, o azul do lago imenso. E grudada ao lago, ali está ela, a bela cidade de Puno.
Nos hospedamos no Hotel Puno Plaza, um confortável três estrelas localizado na Plaza de Armas, onde se destaca a bela Catedral construída em homenagem à Virgen de La Candelária.
No próprio hotel contratamos o passeio de amanhã: visitar as Ilhas Flutuantes dos Uros e a Ilha Taquile.









2 comentários:

  1. Olá Osmar e Terezinha. Tomei conhecimento do blog vocês hoje e o devorei de uma vez. Pretendo fazer essa viagem em Janeiro próximo (apesar das chuvas) e as dicas de vocês estão me ajundando muito no planejamento. Parabéns pela aventura e estarei sempre acompanhando e torcendo por vocês. Otavio (Londrina)

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  2. Queridos GCFC Osmar e Terezinha:
    Como é bom saber que tudo caminha bem e que estão aproveitando. Estamos aqui na torcida para que tudo vá melhor ainda e na contagem regressiva para o VII Encontro Intl dos Fazedores de Chuva.
    Vocês nos animam e nos orgulham!
    Abraços
    Dolor e Angela
    www.fazedoresdechuva.com
    PS: Estamos postando a viagem de vocês no Forum dos Fazedores de Chuva.

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