quinta-feira, 4 de outubro de 2012

La Paz


Terça-feira, 2 de outubro. Era quase meio dia quando reiniciamos a viagem, escoltados por dois marinheiros da armada boliviana, armados até aos dentes, que iam no carro do nosso amigo Herlan, o tramitador indicado por Maico para nos ajudar com a documentação na fronteira e na aquisição de gasolina. Foi uma manhã de muitas atividades: fila para a imigração, fila para a fotocópia, fila para a aduana, mais fila para mais fotocópias, fila para obter autorização da polícia para transitar com as motos pela Bolívia, fila para isso, fila para aquilo...
Fila para fazer a imigração.
Mas finalmente estamos na estrada. Ninguém lembra que já é hora de almoço, que ninguém bebeu água, que ninguém comprou alguns biscoitos para comer, já que vamos atravessar uma região bastante deserta, de poucos ou quase nenhum recurso.
Parada para abastecer a Dyna do Menatti, sob a proteção de nossa escolta.
Rodar pela Ruta 4 da Bolívia é uma beleza. Longas retas, curvas com boa inclinação, estrada sem buracos, pouco movimento, e nada de lombadas.
Belas paisagens ao longo da Ruta 4
Em San José de Chiquitos nos despedimos de nossa escolta que retorna para a fronteira. Agora estamos sós. Mas não vê nenhum sinal de perigo. A pavimentação da estrada não está totalmente concluída. Faltam apenas uns poucos quilômetros, onde o trânsito é feito por desvio em bom estado.
Já era noite quando chegamos a Santa Cruz de La Sierra. Cansados, famintos, mas com aquele gostinho de ter vencido um trecho bastante inóspito.
Referente à gasolina, cabe uma observação: conforme nos foi explicado, o combustível é subsidiado para uso dos bolivianos. Para os estrangeiros, deverá ser vendido a preços internacionais. Ocorre que, por medo, ou por ignorância, alguns postos se recusam a vender a gasolina para nós, alegando não saberem como proceder. Daí a dificuldade.
Hotel Camino Real, em Cochabamba
Em Santa Cruz, nos hospedamos no Hotel Camino Real. Muito bom.
Quarta-feira, 3 de outubro. Amanheceu chovendo, e por mais que fosse a nossa torcida, a chuva só fazia aumentar. Solução: vestir capa de chuva.
Rodamos uma centena de quilômetros e o tempo melhorou. Em Villa Tunari aproveitamos a parada para colocar roupas quentes, pois ali começa a subida da cordilheira. Até Cochabamba a estrada sobe a cerca de 4.200 MSNM. E como estava frio.
Nevoeiro na montanha
Em Cochabamba nos hospedamos no Hotel Portales.
Quinta-feira, 4 de outubro. Último trecho da viagem até La Paz. Manhã de sol anunciando que teremos uma excelente dia para viajar. Bastante agasalhados, não tivemos dificuldade em vencer o trecho, apesar do frio que fazia nas partes mais altas.
Em algum trecho próximo a La Paz

Chegando a La Paz
Quase chegando em La Paz, um ponto de reunião para sermos conduzidos por policiais até o Hotel Radisson, onde ficaremos nos próximos dias, participando desse encontro de motociclistas, que muito promete.

Um comentário:

  1. Olá Osmar e Terezinha
    Muito agradável a sua prosa documentária sobre as viagens.
    Foi um prazer muito grande compartilhar a alegria desse encontro em ruta de altura em La Paz com vcs
    Fiapo e Angela

    ResponderExcluir