quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mancio Lima


Quinta-feira, 24 de janeiro.
Nada de chuva em Cruzeiro do Sul. Da janela do hotel onde estamos hospedados (Hotel Swamy) vejo o Rio Juruá muito cheio, quase transbordando de tanta água das chuvas dos últimos dias. O rio é fundamental para a cidade. Por ele chegam as mais diversas mercadorias, vindas de balsa de Manaus, numa viagem de quase trinta dias.
Cruzeiro do Sul. Ao fundo, o rio Juruá

Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul

Com a Chefe da Inspetoria da Receita Federal em Cruzeiro do Sul,  Enilda Alminhana
Mas ainda faltava algo para completar nossa viagem, algo para justificar a nossa vinda até esta região. E este algo está a 36 quilômetros daqui. É Mancio Lima, a cidade mais a oeste do Brasil, a cidade que abriga o ponto extremo oeste do nosso país.
Por excelente estrada asfaltada, em pouco tempo chegamos ao nosso destino. Na prefeitura, fomos recebidos pelo Prefeito Municipal, Senhor Eriton Maia de Macedo. Muito atencioso, ouviu nossas explicações, o motivo de estarmos ali, falou sobre sua cidade, sua economia, seu povo.
Com o Prefeito Municipal de Mancio Lima, Sr. Eriton Maia de Macedo


E nós felizes da vida, por termos cumprido mais uma etapa do desafio do Cardeal Fazedor de Chuva, desafio este que consiste em visitar, de moto, os pontos extremos do nosso país. Já tivemos a oportunidade de visitar, ano passado, em agosto, o ponto extremo leste, na Ponta Seixas, na Paraíba; e em dezembro, estivemos no Chuí. Com esta visita, cumprimos a terceira etapa, faltando só mais uma, para cumprirmos a cruz dos pontos cardeais.
Amanhã mesmo, partiremos para mais esta etapa.
Completando nosso passeio, fomos até um povoado ainda mais a oeste. A 12 quilômetros de Mancio Lima está a Terra Indígena Puyanawa (Barão), cujo líder é o Cacique Joel Ferreira Lima, que também é vereador na cidade, eleito para o seu quarto mandato. Atualmente é o Secretário Municipal para Assuntos Indígenas.
Estrada para a Terra Indígena

Escola Indígena

Construção típica indígena

Estrada em terras indígenas

Lá vai o cacique!
Na aldeia, o cacique foi muito atencioso conosco, e nos explicou acerca do seu trabalho junto à sua comunidade, principalmente na manutenção dos usos e costumes indígenas. A principal atividade dos índios na região é a produção da farinha de mandioca. Uma das melhores farinhas do Brasil. Tivemos a oportunidade de provar, durante almoço num dos restaurantes da cidade.
Com o Cacique Joel Ferreira Lima

Praça da aldeia, onde realizam cerimonias indígenas

Local de reuniões dos indígenas

Construções típicas da praça de cerimônias

Estrada na floresta, dentro da terra indígena

Mergulho refrescante, e pose para foto.

Deixando as terras indígenas.
Por fim, o registro sobre o comportamento da moto. Irrepreensível. De Mancio Lima até a Terra Indígena, foram mais de trinta quilômetros, de ida e volta, exclusivamente por estrada de terra, às vezes areião, com buracos, lama e as mais diversas irregularidades, que a nossa GS Adventure venceu com a maior galhardia. Maravilha!

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