sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Palmas


Segunda-feira, 20 de agosto. Nosso destino agora é Palmas, a capital do Tocantins. São aproximadamente 900 Km até lá. Acordamos tarde, depois de uma noite muitíssimo bem dormida, no confortável Hotel Mércure. E antes de deixar Brasília, uma rápida passada pela SQN 113 (Super Quadra 113 Norte), onde moramos no período de 1980 a 1984, quando ainda estava no Exército. Muitas saudades daqueles bons tempos.
Trecho da BR 153, a Belém-Brasília
Saindo de Brasília, seguimos pela BR 080 até esta se encontrar com a nossa velha conhecida, a BR 153, próximo a Uruaçu. Nesse trecho, o asfalto é bom, e com pouco movimento.

Na 153, o movimento de caminhões aumenta, e muito, mas em vez de prejudicar, até ajuda a combater a monotonia causada pelas extensas retas. O calor é intenso, e fortes rajadas de vento balançam a moto, lembrando de longe, os ventos patagônicos. A vegetação típica do cerrado aparece com mais frequência, mas o que predomina são as áreas desmatadas para a pecuária. Aqui e ali, normalmente nas baixadas, vegetação mais verde, onde predominam os buritis.
Ao longo de toda a estrada, barracas rústicas ostentando faixas com o seu principal produto de vendas: comida caseira, galinhada, self service.
Pernoitamos em Porangatu no hotel Atlanta (www.atlantahotelgo.com). Bom hotel. Gente muito atenciosa. Recomendo.
Terça-feira, 21 de agosto. Agora faltam somente quatrocentos e poucos quilômetros até Palmas, por isso não temos pressa em sair. Primeiro degustamos o excelente café da manhã oferecido pelo hotel, e lá pelas dez retomamos a viagem. Eram quase onze horas quando cruzamos a divisa, entrando no Estado do Tocantins, na cidade de Talismã.
Uma parada aqui para abastecer, outra acolá para um refresco, outra em Aliança do Tocantins para almoçar, e aí foi inevitável provarmos a tal da comida caseira, galinhada, self service. E gostamos. Do tempero da comida, da simpatia do pessoal do restaurante, da curiosidade de todos com relação à nossa moto. Todos querem saber a cilindrada, quanto corre, quanto custa, donde vêm, e por aí vai. Procuro responder a todos corretamente, apenas quanto ao preço da moto, apenas por precaução, informo valor mais baixo. Acho que consigo convencer o pessoal.
Aí nessa cidade, deixamos a BR 153 e tomamos a TO 050.
O sol castiga a região nesta época, que sente a falta de chuvas. O calor é quase insuportável. Em Brejinho de Nazaré, uma estratégica parada para saborear uma água de coco geladinha. Humm, que delícia!
Água de coco prá refrescar, em Brejinho de Nazaré-TO
Chegando a Palmas, fomos recepcionados pelo nosso amigo Diomar Naves, que nos aguardava em Taquaralto, com sua possante Suzuki Boulevar 1500 negra, a famosa “Tereza”. Não o conhecíamos pessoalmente, somente pela internet, através de seus relatos de viagens. Ele foi muito gentil conosco, e nos hospedou em sua chácara Raízes. Uma beleza de moradia, a uns cinco quilômetros de Palmas, rodeada de muito verde, e o mais absoluto silêncio. Ideal para repousar. E é disso que precisamos.
Chegando em Palmas, fomos recepcionados pelo Diomar

Seguindo nosso anfitrião em direção à sua Chácara

Diomar e seu piano, e boa música para todos nós.
Quarta-feira, 22 de agosto. Hoje é dia de citytour, de moto, por Palmas. Com o nosso amigo Diomar, lá fomos nós conhecer a capital mais nova do Brasil, fundada em 1989. Cidade planejada, tem avenidas largas e rotatórias ajardinadas. E aproveitamos a oportunidade, e a disposição do nosso guia, para fazer a foto em frente ao palácio Araguaia, sede do governo estadual, localizado na Praça dos Girassóis.
Palácio Araguaia, sede do governo do estado do Tocantins



Diomar nos levando aos principais pontos da cidade

Praia em Palmas, no lago formado pela represamento do rio Tocantins

À noite, jantar em grande estilo na Chácara, com as ilustres presenças da Elsa, a namorada de Diomar, que além de excelente cantora, é cozinheira de alto nível: o risoto de carne de sol estava supimpa! Com a presença do Rogério, nosso sobrinho e afilhado, que mora e trabalha aqui em Palmas. E Diomar abrilhantou a noite com sua viola, nos brindando com a boa música brasileira. Tudo perfeito!
Áurea e Elsa, grandes cantoras

Diomar e sua viola

Terezinha e Rogério

Quinta-feira, 23 de agosto. Como sempre acontece no mês de agosto, o dia amanheceu com fortes ventos por aqui, entortando ainda mais as já retorcidas árvores do cerrado. Juntos com Bastião e sua filhinha Agnes, fomos explorar os arredores da chácara, buscando árvores nativas de pequi e caju. Tem muitas por aqui. O pequi ainda está verde, impróprio para o consumo. Mas o caju já está no ponto. Frutas amarelas e vermelhas enfeitam as árvores e perfumam o ambiente. Saborosas, doces, muito boas para consuma in natura, como em forma de refresco.
Na parte da tarde, fomos pescar no Grande Tocantins. Somos inexperientes, mas sempre é muito agradável pescar. Principalmente na companhia de amigos, e de boa cerveja gelada. Como resultado, pescamos quatro peixes. Quatro cachorras, que lutaram com valentia, mas finalmente foram vencidas e trazidas para bordo. Oportunamente vamos degustá-las.
Pescando no rio Tocantins

Esta cachorra caiu no meu anzol

E à noite, aniversário de Elsa. Ela nos recebeu em sua residência para comemorar a data. Muitos amigos, muita alegria, muita felicidade. E nós colhemos da oportunidade para fazer novos amigos, entre os amigos de Elsa e Diomar.

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