quinta-feira, 27 de março de 2014

Huaquillas

Continuando a postagem dos relatos de nossa viagem ao Equador feita ano passado, para participarmos do IX Encontro Internacional dos Fazedores de Chuva, que aconteceu em Quito no período de 14 a 18 de novembro de 2013, segue-se mais um, desta vez referente ao 11º dia de viagem, no trecho de Chiclayo, no Peru, a Huaquillas, no Equador.

Huaquillas, Equador
Segunda-feira, 11/11/13
O dia amanheceu ensolarado e quente em Santa María de los Valles de Chiclayo, ou simplesmente Chiclayo, localizada no noroeste do Peru, a 12,5 km de costa e 509 km da fronteira com o Equador. Tinha uma população de quase 600 mil habitantes em 2007. Da janela do hotel observo os telhados das casas na vizinhança: quase todas têm aquelas esperas, pontas de barras de ferro, indicando que a construção está inconclusa, ou que se pretende, não se sabe quando, construir mais um andar.

A próxima cidade ao norte é Lambayeque, de menor tamanho, praticamente grudada a Chiclayo, onde se pode admirar o magnífico museu “Senhor de Sipán”. Fantástico. Visitamo-lo em duas ocasiões: em 2005 quando fomos a um encontro de motociclistas em Cuenca, Equador, e em 2010, quando por aqui passamos em direção ao Alaska.
Lambayeque

Mais de Lambayeque
A Panamericana prossegue ao norte, sempre um pouco distante do litoral, até Piura, outra grande cidade do norte peruano, com cerca de 350 mil habitantes. Foi lá que o conquistador espanhol Francisco Pizarro fundou a terceira cidade espanhola na América do Sul, sendo a primeira cidade no Peru: San Miguel de Piura.



Em Piura nos encontramos com dois motocilistas viajantes, também indo para Quito para participar do encontro dos Fazedores de Chuva: Carlos Alberto Bragagnolo, de Florianópolis, viajando em sua Honda Gold Wing, e Guillermo Castro, de Porto Rico, viajando em sua BMW R 1200 GS Adventure. Agora seguíamos em quatro motos.



A praia de Máncora
Depois de muitas retas, subidas, descidas, curvas, deserto e mais deserto de areia e pedras, finalmente chegamos a Máncora, pequena cidade do noroeste peruano.
A rodovia Panamericana serve como rua principal de Máncora. A região é conhecida por suas praias azul-turquesa e boas ondas, tornando-se um destino para os amantes do surf.
Aqui, estratégica parada para almoço à beira mar. Oportunidade ímpar para degustar um ceviche. Dali até a da fronteira com o Equador, é “um pulo”.
A última grande cidade peruana cortada pela rodovia é Tumbes. Tem cerca de 110 mil habitantes. A fronteira está logo ali!


Huaquillas é a cidade equatoriana que faz fronteira com o Peru, separada pelo rio Zarumilla da peruana Águas Verdes. Ambas as cidades têm intensa atividade comercial, tanto por grandes lojas como por vendedores ambulantes, onde circulam livremente o dólar americano e o sol peruano.
Com Guillermo, Dolor e Terezinha
A passagem de fronteira é feita fora desse movimento comercial, em modernas instalações onde funcionam integradas as repartições dos dois países. Seria tudo muito bom, se a aduana do Equador também estivesse ali. Mas não está. Não sei por que cargas d’água ela está a quase quinze quilômetros adiante, já na rodovia para Machala, em instalações bastante precárias e movimentadas, principalmente por sacoleiros. Algo parecido com a nossa aduana em Foz do Iguaçu, em termos de movimento.
MUITO IMPORTANTE passar lá e fazer a documentação da moto, tanto na entrada quanto na saída do Equador.
Complexo fronteiriço

Fila para a Aduana equatoriana
Em Huaquillas ficamos hospedados no Hotel Del Sur. Razoável.
E para o jantar, tivemos a agradável companhia dos irmãos Jorge e Santiago Boada, de Ambato, Equador, que vieram especialmente para nos recepcionar em seu país e nos acompanhar até aquela cidade, já muito próxima de Quito. Nosso agradecimento a eles.
Dolor, Guillermo, eu, Terezinha, Carlos Alberto e Jorge Boada.

O trecho percorrido hoje.


Quilometragem: rodamos hoje 532 Km, totalizando 6.085 Km.

2 comentários:

  1. acabo de fazer essa viagem ao ler essa maravilhosa narrativa.Parabéns Osmar e Terezinha. Quem sabe surja uma nova oportunidade pra eu passar por essa estrada de fato.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Alcione, quando surgir essa oportunidade, eu gostaria de estar contigo. Enquanto isso, vem com a gente!

      Excluir