Terça-feira, 19 de fevereiro.
Conheci o Nilson quando fazíamos o check-in no
Hotel Stars, em Saint Laurent Du Maroni. Ele estava trabalhando na portaria do
hotel. Recebeu-nos falando francês, mas logo nos identificamos como brasileiros
e então ele também passou a falar em português. Natural da Guiana Francesa
morou muito tempo no Amapá. Falei-lhe sobre nosso problema, e ele muito
tranquilamente respondeu, amanhã resolveremos isso. Indicou-nos um bom
restaurante para jantarmos, ajudou-me na conexão com a internet, e combinamos
nos encontrar na manhã seguinte, para liberarmos a moto.
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Com o meu amigo Nilson, o nosso Anjo da Guarda na Guiana Francesa |
A noite foi longa. O relógio literalmente parou.
Não conseguia dormir, e o meu pensamento girava em torno da moto, que estava lá
no quartel da polícia, para onde fora levada por motivo de segurança. Estava
imaginando uma maneira de fazer o tal seguro para liberar a moto, quando Terezinha
perguntou, como faremos para liberar nossa moto que está presa no quartel da
polícia?
A moto não estava presa no quartel da polícia.
Foi para lá levada por motivo de segurança, já que não poderia ter entrado no
país sem o tal seguro, e não poderia ficar na área da aduana aguardando
solução, por falta de segurança na área. Mas isto, na prática, significa moto
presa! Como vou fazer agora para reaver nossa moto? Como vou entrar no quartel
da polícia e pegar a nossa moto? Gelei e senti um estranho gosto de “vou entrar
em pânico”.
Finalmente amanheceu. Como combinado, Nilson
apareceu e fomos logo para o escritório de uma seguradora. Para minha surpresa,
um dos que tínhamos ido ontem, com o oficial da aduana. A moça atendente me
reconheceu. Nilson falou com ela em francês, e ela respondia a ele em francês,
olhando para mim. E eu nada entendia. Em seguida ela me pediu os documentos da
moto e o seguro pessoal, meu e de Terezinha, e fez uma ligação telefônica. Mais
tarde descobri que ela ligou para o chefe da Polícia e explicou a situação do
seguro da moto. Quando desligou, disse que deveríamos procurar o chefe da
Polícia.
E foi o que fizemos. Ele ouviu atentamente as
explicações do Nilson, examinou os documentos que eu tinha (passaporte, visto e
seguro pessoal), conversou com um assessor, e falou para o Nilson, em francês,
mas que eu entendi perfeitamente: podem levar a moto. Ela está liberada.
Voltei a respirar. Terezinha não cabia em si de
tanta alegria.
Em poucos minutos já estávamos partindo. Mas
antes, nosso muito obrigado ao Nilson, que com muita competência, tranquilidade
e camaradagem, dedicou horas de sua folga para nos ajudar, e devolver-nos o
prazer pela viagem de moto. Merci, mon ami!
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A rodovia N1 na Guiana Francesa |
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Em direção a Caiena |
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Estamos no caminho certo! |
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Apesar de não ter acostamento, é uma excelente estrada. Pouco movimento. |
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Ponte estreita: não avançar se vier outro veículo. |
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Monumento na entrada de uma cidade, em forma de moto. |
A estrada para Caiena é maravilhosa. Pavimento
em perfeitas condições, e algumas curvas para quebrar a monotonia. Mas hoje
pilotei com muito cuidado e dentro dos limites de velocidade, pois me avisaram
que teríamos muitas barreiras policiais pelo caminho.
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Arredores de Caiena |
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Estamos chegando! |
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A Grande Guerreira, no estacionamento do Novotel - sombra |
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Novotel Caiena |
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Saúde! |
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Um panini de frango delicioso! |
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Deck do Novotel. Ao fundo, o Mar do Caribe |
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Cité Administrative Guyane La Région |
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Consulado brasileiro em Caiena |
Caiena é uma cidade horizontal, bonita e limpa,
diferente de todas que vimos por aqui. O trânsito flui normalmente, sem
congestionamentos. Um belo lugar para se viver.
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Olha eu aí, no Mar do Caribe |
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Terezinha também foi! |
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Rua do centro de Caiena |
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Praça central de Caiena |
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Prefeitura de Caiena |
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Praça Central de Caiena |
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A praça, em outro ângulo |
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Mais praça |
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Avenida Général de Gaulle, Caiena |
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Centro de Caiena |
Estamos hospedados no Novotel, e faltam duzentos
quilômetros para chegamos ao Brasil, em Oiapoque, no Amapá. Acho que faremos
isso amanhã.
Ufa, já estava me preparando pra ir até aí pegar aquele policial intransigente. Que bom que essa viagem interessante vai continuar em paz. Bjo pra vcs.
ResponderExcluirOlá Fê! Agora que estamos no Brasil, podemos respirar aliviados.
ExcluirAbração
Uma interessantes passagem desta viagem. Fiquei impressionado com sua tranquilidade para conduzir a solução do problema, com a ajuda do Nilson. A sensatez do chefe de polícia foi, sem dúvida, o que se espera de um funcionário público sério. Coisas da cultura francesa, sem dúvida.
ResponderExcluirOlá Roque! Não conheço muito bem os franceses, mas me parece que eles são muito atrelados a regulamentos. E regulamentos rígidos. Parece que são do tipo que querem cumprir uma ordem mesmo inexequivel. Mas graças à intervenção do meu amigo, e ao bom senso do chefe de polícia, reavemos a moto e pudemos prosseguir.
ExcluirAbraço
Pois é..., eu estava "um pouco tranquila" pois tinha certeza dos filhos de vocês. Mas com calma sempre irá aparecer alguem em algum lugar para nos estender a mão... Sigam com Deus.
ResponderExcluirManja, Serra e Lili
Olá Manja! Nós motociclistas sempre encontramos, em qualquer parte do mundo, um anjo para nos ajudar. Isso é privilégio de quem viaja de moto. Sempre fazendo amigos.
ExcluirAbraço para você, Serra e Lili.
Osmar e Terezinha
Tenho certeza de que com sabedoria, irão se sair bem de todos os problemas!!! Que tenha "Deus" em seus caminhos sempre...
ResponderExcluirOlá Mermão! Paciência é a chave da solução. E no exterior, há que se ter muita.
ExcluirE vamos em frente.
Osmar e Terezinha
Ainda bem que tudo foi resolvido.......que sufoco !!!!
ResponderExcluirabração a voces e boas estradas.
Olá Jacob! Confesso que tremi na base... Mas com muita paciência e conversa, a gente acaba resolvendo qualquer situação.
ExcluirAbraço,
Osmar e Terezinha