Domingo, 3 de fevereiro
Depois de uma reconfortante noite de sono, seguida de desjejum com
direito a frutas, iogurtes, cereais, pães, manteiga, queijo, presunto, saímos a
conhecer melhor a cidade de Manaus. Fomos direto para o ponto que mais nos
interessava no momento: a sede do Governo do Amazonas. Localizado no caminho
para a praia da Ponta Negra, moderno edifício abriga o Poder Executivo amazonense.
Diferente de muitas outras capitais estaduais, não recebe o nome de Palácio.
Feita a foto oficial, com a devida permissão da segurança que gentilmente nos
recebeu e autorizou, julgamos cumprida mais uma etapa, a 18ª/27, do desafio
Bandeirante Fazedor de Chuva.
http://www.fazedoresdechuva.com/forums/showthread.php/634-Bandeirante-Fazedor-de-Chuva#.UQ7YtR1X04A.
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Sede do Governo do Estado do Amazonas |
Continuando nosso passeio motociclístico solitário, seguimos até a praia
da Ponta Negra, e visita obrigatória ao Hotel Tropical, um dos mais imponentes
do Brasil.
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Praia da Ponta Negra. Aos domingos, rua de lazer. |
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Entrada do Hotel Tropical |
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Jardins do hotel |
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Portaria do hotel |
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Jardim interno e shoping, com Dutty Free |
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Rio Negro |
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Portaria do hotel |
Retornando ao centro, visitamos o grande monumento da cidade, que é o
Teatro Amazonas, e também o Palácio Rio Negro. Este tem muita história, conforme
nos informa o site do Governo do Estado.
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Teatro Amazonas |
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Rua no Centro de Manaus |
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Monumento em frente ao Teatro Amazonas |
O Palacete Scholz (como antes era conhecido) foi construído em estilo
eclético em 1903 para ser residência particular de um abastado comerciante da
borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. O Amazonas era à época um dos Estados
mais prósperos da União por ocasião do Ciclo da Borracha.
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Passeando por Manaus. Aos domingos, pouco movimento. |
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Parque Sen. Jefferson Peres |
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Palácio Rio Negro |
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Minha companheira |
A partir de 1911, em virtude da forte concorrência da produção gomífera
em terras asiáticas, houve o iminente declínio do comércio da borracha no Amazonas.
Além disso, com advento da Primeira Grande Guerra, a linha de navegação entre
Manaus e Hamburgo na Alemanha foi interrompida, o que prejudicou de sobremaneira
os negócios do Senhor Scholz.
Waldemar Scholz, Presidente da Associação Comercial do Amazonas a partir
de 1911 e Cônsul da Áustria desde 1913, na infeliz tentativa de sanar suas dívidas,
hipotecou o Palacete por 400 contos de réis ao rico seringalista do Purus, Luiz
da Silva Gomes, que foi o mesmo que o arrematou em leilão: Era o fim da
próspera estada de Scholz em terras amazônicas e seu retorno ao país de origem.
O Palacete Scholz foi primeiramente alugado ao Governo do Amazonas por
um conto de réis, através do então governador Dr. Pedro de Alcântara Bacellar
que não obstante à crise econômica que se abatia no Amazonas; as deficiências do
Erário e das críticas de seus opositores, o adquiriu em 1918 por 200 contos de
réis recebendo a denominação de Palácio Rio Negro. De 1918 a 1959, portanto, serviu
de residência aos governadores e Sede do Governo. De 1959 até 1995, somente
como Sede de Governo.
Tombado como patrimônio histórico estadual em 1980, o prédio, antes e depois,
foi reformado, restaurado ou adaptado em alguns governos, sendo que a partir de
1997, em virtude de sua beleza arquitetônica e relevância histórica, o Governo
do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, o transformou em Centro Cultural.
Instalado na mais alta torre do prédio, encontra-se o mirante, que
proporciona uma privilegiada vista de Manaus com suas árvores frondosas, ainda
preservadas quando da construção das avenidas e prédios advindos do inexorável
progresso. O visitante também poderá observar o tráfego das embarcações
regionais nas águas escuras do Rio Negro: imagens que tanto retratam o cotidiano
do caboclo da Amazônia.
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Suframa: grandes indústrias por aqui |
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Porto da balsa da BR 319 no rio Negro |
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Área de espera da balsa |
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O restaurante |
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Rio Negro visto do Moronguêtá. Ao fundo, as águas barrentas do Solimões |
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Filé de pirarucu grelhado |
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Filé de tambaqui grelhado |
O almoço do domingo foi em grande estilo, na Peixaria Moronguêtá.
Localizada às margens do Rio Negro, tem vista privilegiada para o rio,
inclusive para o famoso “encontro das águas”, e para o porto onde atraca a
balsa que faz a travessia dos veículos que circulam na BR 319, aquela que liga
Manaus a Porto Velho, passando por Humaitá. No trajeto, saindo de Manaus, a
balsa navega pelo rio Negro, passa pelo encontro das águas, ganha o rio
Solimões e entrega os veículos alguns quilômetros depois.
No cardápio, comida amazônica á base de peixes: tambaqui, tucunaré, dourado,
pirarucu. Detalhe curioso e muito interessante, é que durante o almoço, o
proprietário do estabelecimento, que nos recebeu com muita simpatia, a cada
instante se utiliza de sistema de som para explicar aos visitantes/clientes, as
curiosidades sobre a Amazônia, os rios, as comidas, as embarcações, o povo. Eu
diria que foi um almoço cultural.
Parabéns Osmar e Terezinha, a viagem de voces continua muito legal, e também de carona vamos conhecendo um pouco mais de nosso Brasil.....boas estradas....abraço
ResponderExcluirOlá Jacob, realmente a viagem por esta região é emocionante. Tem muitas coisas diferentes do sul. Mas muito legal. Que bom ter você nos acompanhando. Abraço, Osmar e Terezinha
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