Segunda-feira, 18 de fevereiro.
|
Olha eu aí, chegando na Guiana Francesa |
Choveu muito neste final de semana. Ruas
alagadas, dificuldade de locomoção. Ficamos no hotel. Fazendo nada. Ou melhor,
imaginando como agilizar o visto para a Guiana Francesa. A lista de exigências
não é muito extensa:
- ·
Formulário preenchido à mão, usando letras de
forma;
- ·
Duas fotos tipo passaporte, com fundo branco;
- ·
Cópia de todas as páginas do passaporte contendo
dados e carimbos, e o original;
- ·
Seguro de viagem cobrindo todo o período da
estadia;
- ·
Cópia dos documentos relativos à moto;
- · Taxa de SRD$263,20 (equivalente a 60 euros – não
se aceita em euros, dólares americanos, ou cartão de crédito).
|
O hotel North Resort, onde estávamos em Paramaribo |
|
A frente do hotel, alagado pelas chuvas |
|
Quem é de circo não se aperta! |
No hotel fizeram cópia dos passaportes de
cortesia; num shoping próximo, fizemos as fotos; e não foi difícil achar uma
seguradora que fizesse o seguro de viagem para nós, eu e Terezinha. Nada de
seguro para a moto, pois como já relatamos anteriormente, eles não fazem esse
tipo de seguro por aqui.
Hoje pela manhã acordamos mais cedo que de
costume, e fomos para a embaixada da França, bem no centro da cidade.
Nada de fila. Chegamos e já fomos atendidos.
Coleta de impressões digitais, foto digital, e mandaram esperar um pouco. Dez
minutos depois, já estávamos na rua, com os vistos nos respectivos passaportes.
Rápido!
|
Trecho da estrada de Paramaribo para Albina, na fronteira |
|
Outro trecho da mesma estrada |
De Paramaribo até a fronteira, a cidade de
Albina, são aproximadamente 140 quilômetros. A estrada está em obras, e asfalto
bom em sua maior parte. A complicar, um desvio de uns dez quilômetros, em
estrada de terra, com muita lama. De terra não, de pó de bauxita. Forma uma lama
vermelha, que gruda em tudo onde pega. Difícil de tirar depois.
|
Quadro de horários da balsa para travessia para a G. Francesa |
|
Esperando a Balsa |
|
Transporte alternativo para a travessia |
|
Preparando para embarcar |
|
Embarcando! |
Ao deixar o Suriname, não posso me furtar de
fazer alguns comentários, depois de atentas observações por parte destes
viajantes, tudo cientificamente comprovado:
No Suriname tem mais chineses do que na China;
Neste mesmo Suriname, tem mais indianos do que
na Índia, e mais negros do que na África.
Ouvi dizer que lá também existem holandeses. Não
vi nenhum, pero que hay, hay.
E completando, em Paramarido existem mais
cassinos do que em Las Vegas.
Em Albina tomamos o Ferry (veja na foto os horários)
que faz a travessia do rio Maroni, que serve de fronteira entre o Suriname e a
Guiana Francesa. Quinze euros pela moto e piloto, e mais quatro euros pela
garupa. Em menos de meia hora, já estávamos desembarcando em Saint Laurent Du
Maroni. Se não tivéssemos o Visto, com certeza não nos deixariam sequer embarcar.
Na aduana da Guiana Francesa o trabalho flui
rápido. Vistos conferidos, passaportes carimbados, documentos da moto
examinados, bagagem revisada e pronto! Já estamos liberados.
|
Durante a travessia... |
|
A Grande Guerreira acomodada entre os carros. Note-se a sujeira causada pela lama de bauxita. |
|
Desembarcando |
Estava ligando a moto, quando a policial que já
havia nos liberado, me chamou e pediu para ver o seguro da moto. Seguro da
moto? Sim, seguro da moto para rodar pela Guiana Francesa. Gelei! Mostrei a ela
DPVAT e o seguro total que tenho da Porto Seguro, tudo do Brasil. Não enganei.
Precisa fazer o seguro. Um gentil funcionário da aduana se ofereceu para me
levar até um escritório de seguros, no centro da cidade. Fomos de carro
oficial. Fomos em três escritórios, de diferentes companhias, e em nenhum deles fazem tal
seguro.
|
Mais uma foto do hotel em Paramaribo |
|
Bandeiras na balsa: França, União Européia, Guiana Francesa, e Balsa |
|
Transporte alternativo para travessia |
|
Chegando na G. Francesa. Trânsito pela direita |
Voltamos de mãos vazias. Pensei comigo: se não
tem como fazer o tal seguro, eles me liberam e numa cidade maior, Caiena, eu
faço o tal seguro. Mas a tal policial não pensou assim. Ela olhou para o Ferry
que partiria em alguns minutos para Albina, olhou para mim, apontou para o
Ferry, e fez sinal para voltarmos para o Suriname. E vai logo que é a última
travessia de hoje. E pediram os passaportes para carimbarem a nossa saída da
Guiana Francesa, onde mal tínhamos chegado. Conversa vai, conversa vem, tudo através
de intérpretes, porque a tal policial só falava em francês, eu consegui não
embarcarmos. Mas também não seguimos viagem. A moto levei para o quartel da
polícia, porque segundo eles, lá na aduana não haveria segurança para ela
pernoitar. E nos levaram para um hotel no centro da cidade. Hotel Star. Hotelzinho ruim
demais. E caro: 70 euros.
Moral da história: estão a me exigir um seguro
para a moto que ninguém faz por aqui. Amanhã vamos ver com alguma seguradora de
Caiena. Se não conseguir, vou ligar para a embaixada do Brasil.
Pura emoção...
ResponderExcluirUm pouco de compreensão da policia nao seria nada mal!!!
Abraços
Cesar
Olá Cesar, boa noite!
ExcluirFelizmente tudo se resolveu bem, hoje pela manhã. Mas suei frio...
Abraço para Val.
Osmar e Terezinha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPuxa! parece um filme.... que bom que deu tudo certyto. abraços a voce e Terezinha
ResponderExcluir