Quarta-feira, 13 de fevereiro
Temos o dia todo para curtir Georgetown, por
isso não temos pressa. Café da manhã bem ao estilo inglês, mas que não difere
muito do nosso. Apreciei especialmente os croissants.
Meu inglês vai aos trancos e barrancos, nas
estamos conseguindo nos safar. Até que não temos tantas dificuldades para
entender e nos fazer entender.
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Interior do Cara Lodge. |
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Canais recortam o centro da cidade |
Fiquei maravilhado com um canal de TV a cabo
disponível aqui no hotel: o Encore Westerns. Só bang-bang dos bons tempos. Vi
filmes do Gene Autry, do Randolph Scott, do Tim Holt, do Durango Kid (Charles
Starrett), do Hopalong Cassidy, do Roy Roggers, e tantos outros. Quantas saudades
da minha adolescência, das matines de domingo, dos gibis, da troca de gibis,
dos filmes de mocinho e bandido.
Depois de muito esforço, Terezinha conseguiu me
convencer a dar mais uma voltinha pela cidade, e fazermos uma visita ao Palácio
do Presidente da República da Guyana, H.E Donald Ramotar. É um prédio simples,
todo de madeira com tábuas na horizontal, no mais tradicional estilo inglês.
Fizemos uma foto para marcar presença, e também por precaução, pois vai que no
futuro algum maluco resolva lançar um desafio, tipo visitar todas as capitais
dos países da América do Sul, ou algo semelhante. Daí então, nós já temos a
nossa daqui. Simples assim. E continuamos o tour, de moto por Gtown, brigando
com a mão inglesa, difícil de acostumar.
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Office of the President |
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Foto oficial (meio fora de foco...) |
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Comida brasileira por aqui |
A propósito da mão inglesa, observei algo
interessante. Sabem aqueles motoristas, verdadeiras antas, que aí no Brasil
andam devagar na esquerda em vias de pista dupla? Pois aqui também tem disso,
só que ao contrário, ou seja, eles andam devagar na pista da direita!
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Caminhão (adquirido em leilão do exército inglês) para enfrentar as difíceis estradas de terra |
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St. George´s Cathedral, templo anglicano |
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A catedral vista de outro ângulo |
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City Hall (Prefeitura) |
Conhecemos o Gerson em Boa Vista, quando
chegávamos ao hotel. Nós de moto, e ele num carro com placa da Guiana.
Conversamos rapidamente, apresentação daqui, apresentação de lá, e ele nos passou
seu telefone em Georgetown, onde mora e trabalha há muitos anos. E hoje nos reencontramos,
ele com sua esposa Katia, nos levaram para almoçar num restaurante chinês, que
foi de cair o queixo! Impressionante a decoração do lugar e a variedade das
comidas. Naturalmente que almoçamos a tradicional comida chinesa, tipo frango
xadrez, carne com legumes, peixe empanado, sem nos arriscar pelas exóticas
comidas lá oferecidas.
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The High Court e a estátua da Rainha Victória |
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Um presídio, no centro da cidade. |
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Igreja Católica Imaculada Conception |
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Comércio popular no centro da cidade |
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Que será isso? |
Foi um almoço muito agradável, onde tivemos a
oportunidade de nos inteirar mais sobre o estilo de vida do povo daqui, seus
usos e costumes.
Disseram-nos eles que a cidade mudou muito nos
últimos dez anos. Antes as construções eram todas de madeira de até três ou quatro andares. Agora já existem
várias construções em alvenaria, mas poucos prédios altos, apenas dois, que são os hotéis
cinco estrelas da cidade.
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Alunos indo para a escola |
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Hall de entrada do restaurante chinês |
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Um dos salões do restaurante chinês |
A cidade está abaixo do nível do mar, que é
contido por uma imensa muralha. Talvez por esta razão, a cidade é bastante úmida,
toda recortada por canais de água salgada, que vai e vem ao sabor das marés,
mas que, lamentavelmente, serve de esgoto. Inacreditável que exista isto, em
pleno século XXI, uma capital com esgoto a céu aberto. Isto no centro da
cidade. Imagine-se como deve ser a periferia. O serviço de coleta de lixo
também não funciona muito bem por aqui, deixando a cidade com aspecto de suja.
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Donuts (na padaria do restaurante chinês) |
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Com Gerson e Katia. O almoço estava ótimo. A companhia idem |
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Olha aí a simpatia do casal |
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Depois do almoço... |
O povo em sua maioria é constituído de negros e
indianos.
As crianças todas são obrigadas a frequentar a
escola, que funciona em um só turno, das oito da manhã às três da tarde, com
uma hora de intervalo para almoço. Usam uniformes diferentes conforme cada
colégio, com figurino bastante tradicional, talvez ainda por influência
inglesa. Diz Katia que há muito rigor quanto ao uso dos uniformes. Parece-me
correto.
À noite quiz ligar para o casal para agradecer pela gentileza, mas infelizmente não foi possível, porque a anotação com os números dos telefones deles molhou quando passeávamos de moto pela cidade e fomos surpreendidos por violenta chuva. Espero algum dia reenconrá-los para poder retribuir pela gentileza.
À noite saímos para jantar e passei por uma nova e emocionante experiência. Fomos de taxi, porque ainda chovia, e, como de costume, sentei-me no banco da frente, ao lado do motorista. No lado esquerdo, naturalmente. Estranha sensação. Com o taxi andando, parecia que era eu quem dirigia o veículo, só que não tinha o volante em minhas mãos, nem pedais para freiar ou acelerar. Difícil acostumar com a mão inglesa.
Osmar e Terezinha!
ResponderExcluirFantástico estes passeios. E muito bom... é ser precavido com os registros das fotos...
Sigam com Deus.Abraço
Olá Manja, boa noite. Que bom ter a companhia de vocês. A viagem segue tranquila. Abraço. Osmar e Terezinha
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