Terça-feira, 12 de fevereiro
Dormimos como duas pedras naquele imenso quarto
do hotel Watooka, embalados pelo cansaço da longa viagem do dia. Sono merecido
em um quarto que no passado, possivelmente, acolheu elegantes lordes ingleses.
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Recepcionista do Wattoka |
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Equipe de funcionários do Watooka |
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Árvore centenária nos jardins do Watooka |
De Linden a Georgetown são apenas cem
quilômetros de asfalto. O bom e velho asfalto, que a gente aprende a valorizar
quando andamos em estradas de terra. E a propósito, nesta viagem que
enfrentamos vários trechos de estradas de terra ruins, cheguei a uma conclusão
muito interessante: um quilômetro em estrada de terra é bem maior que um
quilômetro em asfalto.
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A Grande Guerreira chegou até aqui, nesse estado lastimável |
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O Watooka visto do portão principal |
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De volta para o asfalto |
O pavimento é bom, e a velocidade máxima
permitida é de cem quilômetros por hora. Mas não consigo atingir essa velocidade.
A moto vibra demais devido ao excesso de barro que grudou nas rodas,
desbalanceando-as. Então, curtimos a estrada a noventa por hora.
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Parque ao longo da rodovia |
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Navegando por azimute |
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Em Georgetown grande influência hindú |
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Princess Hotel Cassino Guyana International |
Nesse pequeno trecho, fomos parados três vezes
por barreiras policiais. Mesma polícia, pois vestiam os mesmos uniformes, e
estavam em barreiras separadas por poucos quilômetros. Estranho. E para
complicar, logo na primeira, a autoridade me exige placa dianteira na moto. E
agora, o que fazer? Não adianta explicar que no meu país, e por certo nos
demais países do mundo, exceto na Guiana, não se usa placa dianteira nas motos.
Ele parece irredutível. Manda encostar a moto e pede documentos. Estamos
fritos! Como vou colocar uma horrível placa para estragar a singela e agressiva
beleza da frente da minha GS? Onde vou conseguir essa placa? Como faremos?
Como... Nesse momento aparece outro policial, tomou a frente na conversa,
conversou qualquer coisa com o meu algoz que não entendi, e virando-se para mim
disse:
- Good morning mister! Welcome to Guyana. It´s OK. Go ahed.
Em meio segundo já estávamos partindo. Não
tínhamos mais nenhum motivo para ficar por ali, nem para presenciar aquilo que
pareceu ser alguém levando uma tremenda “mijada” por fazer exigências absurdas
dos turistas.
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Influência norte-americana |
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Periferia, não muito longe do centro |
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St. George´s Cathedral, a principal igreja Anglicana na Guiana |
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The High Court, também chamada de Victória Law Court |
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City Hall |
Depois dali passei a observar as motos que encontrava. E
para minha surpresa, todas têm placa na frente! Uau! A exigência não era assim
tão absurda. Algumas motos usam placas mesmo, outras apenas um adesivo na
bolha. Só espero que aqueles inúteis políticos que temos em Brasília não
inventem nada parecido com isto. Ai meu Deus!
Estou reaprendendo usar meu GPS. Ocorre que para
esta viagem não consegui mapa roteável da Guiana. Apenas um que não traça rotas. Assim
fica um pouco mais difícil, mas, utilizando meus conhecimentos da caserna, e os
recursos do Zumo 660, programo ele para navegação fora de estrada e sigo pelo
azimute indicado pela bússola. Fácil!
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No Cara Lodge, somos recepcionados com refrescos |
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E a Grande Guerreira vai descansar |
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National Park, no centro da cidade |
Facilmente chegamos a Georgetown e não tivemos a
menor dificuldade em localizar o hotel, que o nosso amigo Mr. Colin, da Pousada
Rock View reservou para nós: o Cara Lodge, bem no centro da cidade (www.carahotels.com).
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A Grande Guerreira vai para o banho. Espiamos de longe |
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Movimento em frente ao Stabroek Market |
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Aqui também tem feiras livres |
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Olha a banana! |
Agora que chegamos a Georgetown, preciso fazer
um agradecimento muito especial a uma pessoa que conheci por meia hora apenas,
e que talvez nunca mais o veja e tampouco ele vá ler isto, mas enfim eu preciso
reconhecer que se não fosse por ele, essa viagem não teria sido tão emocionante.
Ocorre que quando chegamos a Bonfim, fronteira com a Guiana, estávamos dispostos
a alugar uma caminhonete para trazer nossa moto até Linden, evitando assim as
dificuldades da estrada de terra. Então fomos orientados pelo Júnior, da
Pousada Takutu, também conhecido como Mineiro, para não fazer isso. Iríamos
perder o melhor da viagem. As mais belas paisagens seriam vistas pela metade,
através da janela de um veículo. Vão de moto, vocês que gostam de emoção e
aventura. Agora que estamos aqui em Gtown, eu posso afirmar meu amigo Júnior,
que jamais me perdoaria se tivesse transportado a moto, trocado esta maravilha
que foi rodar livre pela imensa savana, ou de mergulhar no interior da intacta
floresta de Iwokrama, pelas facilidades de viajar no interior de um carro,
espremido, sufocado. Júnior, muito grato pelo sábio conselho.
Ufa, que bom que voltaram para a tranqüilidade do asfalto, fiquei preocupado com as fotos daquele lamaçal. Mas sei que vcs são feras. Imagino as botas da mãe como ficaram.
ResponderExcluirBjo meus queridos.
Olá Fernando! No asfalto é bem melhor. Botas, roupas e moto, tudo já está limpinho. E nós desfrutando as belezas da Guiana. Abração.
ExcluirNossa, essa da estrada de terra e o barro desbalanceando as rodas me deixou pasmo. Só ando em asfalto. Parabens por essa etapa vencida. Abração a voce e Dna. terezinha.
ResponderExcluirOlá Natal, a estrada é muito bonita, apesar de ser de terra. Atravessa duas regiões distintas: a primeira é a savana, onde predominam os campos, e depois a floresta, densa, nativa, intacta. Só a estrada mergulhando em seu interior. E o piso é bom, apesar de terra. O problema é quando se chega à região de garimpos e madeireiros. Aí, pesados caminhões acabam com qualquer tipo de estrada, transformando tudo em atoleiros. Mas de GS dá prá passar. Com muita cautela. Às vezes até foi necessário pedir para minha garupa descer, aliviando o peso da moto. E também, para ela poder fotografar tudo, bem de longe.
ExcluirGrande abraço,
Osmar e Terezinha