Quinta-feira, 11 de outubro. Ainda não eram sete
e meia e já estávamos na estrada. Estamos nos superando. Termômetros em torno
de zero grau. Frio de rachar. Tomamos a estrada para San Pedro de Atacama com o
sol na cara. Mas o brilho do sol, em vez de nos ofuscar, realçava ainda mais a
beleza do deserto, fazendo inclusive esquecer o frio.
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Amanhecendo no deserto |
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Pilotando em direção ao azul. Ao azul mais puro que já vi. |
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O sol começa a esquentar |
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Chegando em San Pedro de Atacama |
Em São Pedro está a aduana chilena. Foi tudo
muito rápido e em poucos minutos já estávamos iniciando a grande subida, de
cerca de quarenta e dois quilômetros, em direção ao imponente vulcão
Licancabur, que nos espreitava lá de cima, do alto dos seus 5.916 metros de
altitude. Impossível passar por ele sem parar para contemplá-lo, tirar algumas
fotos, e ainda de quebra, admirar o majestoso Salar de Atacama logo abaixo.
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Aduana chilena, em San Pedro de Atacama |
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Ao fundo, o Salar de Atacama |
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Em frente ao Vulcão Lincancabur |
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Olha ele ali nos espionando! |
Agora vamos para o Paso de Jama. Já cruzamos a
Cordilheira em vários pontos, mas sem dúvida, esta passagem é a mais bonita. A
mais longa. A tudo mais. E agora estamos fazendo no sentido inverso, ou seja,
do Chile para a Argentina. Já fomos várias vezes, mas nunca tínhamos voltado
por ali. Sei que a paisagem não muda. Mas muda o ângulo de visão. E não importa
qual seja ele, a paisagem do deserto é um colírio para nossos olhos.
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GPS marcando a altitude: 4.825 metros |
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Ainda no Chile |
Chegando na aduana Argentina, novas surpresas.
Primeiro, que temos um prédio novinho em folha, moderno, funcional, e com muito
conforto para todos: funcionários e viajantes. Não demoramos mais do que alguns
minutos por ali e já estávamos liberados. Ao lado, um posto de gasolina YPF. E
com gasolina! E aceita cartão de crédito! Incrível! As coisas estão mudando por
aqui. A loja de conveniências é bem moderna, com café quentinho e deliciosas
medialunas. E banheiros limpos! Uau! Preciso vir mais para esses lados.
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Prédio da Aduana Argentina, em Paso de Jama |
Para quem nunca veio para esses lados, a aduana
argentina está situada bem na fronteira. Já a chilena, está em San Pedro de
Atacama, uns cento e cinquenta quilômetros de distância.
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No Salar Salinas Grandes, Argentina |
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Nesta curva saiu faisca da descarga roçando no asfalto! |
Nosso objetivo hoje era dormir em Purmamarca,
uma atraente vila de casas antigas, aconchegantes pousadas, sofisticados restaurantes
e intenso comércio de artesanias andinas. Mas está tudo lotado.
Tocamos para Jujuy, setenta quilômetros adiante,
e nada de vaga. Tudo lotado também.
Então vamos para Salta. E no meio do caminho,
descobrimos uma pérola, uma excelente alternativa para quem viaja para cá.
Trata-se do hotel Alto Del Camino, em Guemes, uma pequena cidade na RN34, quase
no entroncamento para quem entra para Salta. Então a dica é: se você viajar
para o Chile por aqui, não precisa mais entrar em Salta somente para dormir, economizando
oitenta quilômetros. Quarenta quilômetros de ida e outros quarenta de volta. O
hotel é novo e muito confortável. www.hotelaltodelcamino.com.
Opa estou indo para San Pedro dia 25/12/2012 e queria saber como está para passar a fronteira em Paso de Jama, os Guardeneria estão embassando muito ou está sussegado? Ultima vez que passei por lá foi uns 8 anos atrás.
ResponderExcluirValeu
Jorge Zarpellon
california199@hotmail.com