Terça-feira, 2 de outubro. Era quase meio dia
quando reiniciamos a viagem, escoltados por dois marinheiros da armada
boliviana, armados até aos dentes, que iam no carro do nosso amigo Herlan, o
tramitador indicado por Maico para nos ajudar com a documentação na fronteira e
na aquisição de gasolina. Foi uma manhã de muitas atividades: fila para a
imigração, fila para a fotocópia, fila para a aduana, mais fila para mais
fotocópias, fila para obter autorização da polícia para transitar com as motos
pela Bolívia, fila para isso, fila para aquilo...
Fila para fazer a imigração. |
Mas finalmente estamos na estrada. Ninguém
lembra que já é hora de almoço, que ninguém bebeu água, que ninguém comprou
alguns biscoitos para comer, já que vamos atravessar uma região bastante
deserta, de poucos ou quase nenhum recurso.
Rodar pela Ruta 4 da Bolívia é uma beleza.
Longas retas, curvas com boa inclinação, estrada sem buracos, pouco movimento,
e nada de lombadas.
Parada para abastecer a Dyna do Menatti, sob a proteção de nossa escolta. |
Belas paisagens ao longo da Ruta 4 |
Em San José de Chiquitos nos despedimos de nossa
escolta que retorna para a fronteira. Agora estamos sós. Mas não vê nenhum
sinal de perigo. A pavimentação da estrada não está totalmente concluída.
Faltam apenas uns poucos quilômetros, onde o trânsito é feito por desvio em bom
estado.
Já era noite quando chegamos a Santa Cruz de La
Sierra. Cansados, famintos, mas com aquele gostinho de ter vencido um trecho
bastante inóspito.
Referente à gasolina, cabe uma observação:
conforme nos foi explicado, o combustível é subsidiado para uso dos bolivianos.
Para os estrangeiros, deverá ser vendido a preços internacionais. Ocorre que,
por medo, ou por ignorância, alguns postos se recusam a vender a gasolina para
nós, alegando não saberem como proceder. Daí a dificuldade.
Hotel Camino Real, em Cochabamba |
Em Santa Cruz, nos hospedamos no Hotel Camino
Real. Muito bom.
Quarta-feira, 3 de outubro. Amanheceu chovendo,
e por mais que fosse a nossa torcida, a chuva só fazia aumentar. Solução:
vestir capa de chuva.
Rodamos uma centena de quilômetros e o tempo
melhorou. Em Villa Tunari aproveitamos a parada para colocar roupas quentes,
pois ali começa a subida da cordilheira. Até Cochabamba a estrada sobe a cerca
de 4.200 MSNM. E como estava frio.
Nevoeiro na montanha |
Em Cochabamba nos hospedamos no Hotel Portales.
Quinta-feira, 4 de outubro. Último trecho da
viagem até La Paz. Manhã de sol anunciando que teremos uma excelente dia para
viajar. Bastante agasalhados, não tivemos dificuldade em vencer o trecho,
apesar do frio que fazia nas partes mais altas.
Em algum trecho próximo a La Paz |
Chegando a La Paz |
Quase chegando em La Paz, um ponto de reunião
para sermos conduzidos por policiais até o Hotel Radisson, onde ficaremos nos
próximos dias, participando desse encontro de motociclistas, que muito promete.
Olá Osmar e Terezinha
ResponderExcluirMuito agradável a sua prosa documentária sobre as viagens.
Foi um prazer muito grande compartilhar a alegria desse encontro em ruta de altura em La Paz com vcs
Fiapo e Angela