Sexta-feira, 31 de agosto. Moto consertada.
Elder conseguiu um verdadeiro milagre. Vasculhou pela cidade toda, e encontrou
na revenda Scania Vabis, o balero e o retentor que necessitava para substituir
os avariados que levaram a GS para a sua oficina. Amigos do moto grupo Falcões
de Aço, muito gratos pela magnífica acolhida e recepção que aqui tivemos. Vamos
levá-los em nossa lembrança e em nossos corações.
De Araguaína para Balsas, seguimos pela BR 230.
Asfalto em bom estado. A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Médici (1969 a 1974) sendo uma das chamadas
"obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, é a
terceira maior rodovia do Brasil, com 4.223 km de comprimento, ligando
Cabedelo, na Paraíba a Lábrea, no Amazonas, cortando sete estados brasileiros:
Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. Em grande parte,
principalmente no Pará e no Amazonas, a rodovia não é pavimentada.
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Aspecto da Rodovia BR-230 |
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Belas paisagens enfeitam o cerrado por onde a rodovia passa |
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Paisagens exuberantes... |
Em pouco tempo chegamos a Filadélfia,
tomamos o ferry para cruzar o Rio Tocantins e
chegamos ao Maranhão, na cidade de Carolina.
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Na Balsa que cruza o rio Tocantins, entre Filadélfia (TO) e Carolina (MA) |
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Saindo da balsa |
Com o sol escaldante e forte calor, fizemos
várias paradas, principalmente para beber água, mantendo a hidratação em dia.
Ao final da tarde, chegamos a Balsas e fomos direto visitar Dom Enemésio
Lazzaris, Bispo Diocesano de Balsas, primo da Terezinha, que nos recebeu com o
seu costumeiro sorriso. Acho que ficaremos alguns dias por aqui. Nos hospedamos
no Hotel Imperial – www.imperialhotel-balsas.com.br.
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Chegando em Balsas, degustando o refrigerante regional: Jesus |
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Terezinha, Dom Enemésio mais eu! |
Sábado, 1º de setembro. Começamos o dia
conhecendo um dos pontos mais agitados da cidade: o rio Balsas. Com águas
limpas, corta a cidade pelo centro, se constituindo na mais importante opção de
lazer do povo, tanto para se banhar em suas águas, quanto para frequentar os
barzinhos que se acumulam nas suas margens. Outra curiosidade, é uma grande
lavanderia a céu aberto. Muitas mulheres utilizam suas águas para lavar roupas.
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Rio Balsas, cortando a cidade que deu nome. Lavadeiras na outra margem |
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Refrescante sombra às margens do rio Balsas |
Almoçamos com o Bispo na casa episcopal, que nos
brindou com uma comidinha caseira, muito gostosa e bem temperada. À tarde, mais
citytour, agora de carro, para tentar driblar o forte calor. Em companhia de
Dom Enemésio, visitamos diversos projetos coordenados pela igreja, que visam
amenizar o sofrimento dos pobres, dos menos favorecidos. É notório a grande
quantidade de pessoas de baixo poder aquisitivo, vivendo em verdadeira miséria.
Não esquecendo que estamos no Maranhão.
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Iguarias vindas diretamente do Vaticano |
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Almoçando com Dom Enemésio, Terezinha mais eu |
Á noite participamos dos festejos de Nossa
Senhora de Nazaré, da comunidade trizidela, que se iniciou com Santa Missa
presidida pelo Bispo, e teve sequência com apresentações teatrais de crianças,
venda de comidas típicas como passoca, maria isabel (arroz com carne de sol
desfiada), vatapá, mungunzá (canjica doce), frango assado (leilão).
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Preparando-se para a Santa Missa |
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Dom Enemésio, Terezinha e Socorro, lider da comunidade |
Domingo, 2 de setembro. Como soi acontecer por
aqui nesta época, o dia amanheceu muito quente e abafado. Há quatro meses que
não chove. As plantas estão quase todas secas. Apesar de existir água em
abundância fornecida pelo rio Balsas que corta a cidade, não é aproveitada para
irrigar as praças, as árvores, os jardins... Que pena!
Logo cedo, o primo Bispo nos levou para um café
da manhã com os idosos, numa das comunidades. Como sempre, somos recebidos com
muita alegria. O primo é muito popular e bem quisto por todos.
Em seguida, partimos para um compromisso
especial: visitar uma unidade da Fazenda Esperança, a cerca de vinte
quilômetros do centro da cidade, em meio ao árido cerrado. Esta unidade se
dedica à recuperação de jovens drogados, do sexo masculino. Hoje é dia da
visita mensal dos familiares dos recuperandos (assim são chamados os internos),
e, em especial, um dos jovens estará recebendo o seu certificado de conclusão
do tratamento, que tem um ano de duração. Ele será devolvido à sociedade e à
sua família, e passará a integrar um grupo de acompanhamento de pós-tratamento.
Foi uma bela e comovente cerimônia, que se iniciou com a apresentação de todos
os presentes, inclusive nós, seguida de Santa Missa, depoimento do formando e
de seus familiares, e concluindo com delicioso almoço preparado pelos jovens
internos. Que belo trabalho é desenvolvido ali. Desta atividade não fizemos
fotos, tendo em vista a sua particularidade.
Omar, que legal terem conseguido consertar a motocicleta, sem muito atraso na viagem. Excelente trabalho do mecânico! Continuem fazendo uma excelente viagem e que Deus os proteja. Forte abraço.
ResponderExcluirObrigado, amigo! A viagem está excelente. Melhor ainda, se vocês estivessem aqui!
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