Segunda-feira, 20 de agosto. Nosso destino agora é
Palmas, a capital do Tocantins. São aproximadamente 900 Km até lá. Acordamos
tarde, depois de uma noite muitíssimo bem dormida, no confortável Hotel
Mércure. E antes de deixar Brasília, uma rápida passada pela SQN 113 (Super
Quadra 113 Norte), onde moramos no período de 1980 a 1984, quando ainda estava
no Exército. Muitas saudades daqueles bons tempos.
Trecho da BR 153, a Belém-Brasília |
Saindo de Brasília, seguimos pela BR 080 até esta se
encontrar com a nossa velha conhecida, a BR 153, próximo a Uruaçu. Nesse
trecho, o asfalto é bom, e com pouco movimento.
Na 153, o movimento de caminhões aumenta, e muito, mas
em vez de prejudicar, até ajuda a combater a monotonia causada pelas extensas
retas. O calor é intenso, e fortes rajadas de vento balançam a moto, lembrando
de longe, os ventos patagônicos. A vegetação típica do cerrado aparece com mais
frequência, mas o que predomina são as áreas desmatadas para a pecuária. Aqui e
ali, normalmente nas baixadas, vegetação mais verde, onde predominam os
buritis.
Ao longo de toda a estrada, barracas rústicas
ostentando faixas com o seu principal produto de vendas: comida caseira,
galinhada, self service.
Pernoitamos em Porangatu no hotel Atlanta
(www.atlantahotelgo.com). Bom hotel. Gente muito atenciosa. Recomendo.
Terça-feira, 21 de agosto. Agora faltam somente
quatrocentos e poucos quilômetros até Palmas, por isso não temos pressa em
sair. Primeiro degustamos o excelente café da manhã oferecido pelo hotel, e lá
pelas dez retomamos a viagem. Eram quase onze horas quando cruzamos a divisa,
entrando no Estado do Tocantins, na cidade de Talismã.
Uma parada aqui para abastecer, outra acolá para um
refresco, outra em Aliança do Tocantins para almoçar, e aí foi inevitável
provarmos a tal da comida caseira, galinhada, self service. E gostamos. Do
tempero da comida, da simpatia do pessoal do restaurante, da curiosidade de
todos com relação à nossa moto. Todos querem saber a cilindrada, quanto corre,
quanto custa, donde vêm, e por aí vai. Procuro responder a todos corretamente,
apenas quanto ao preço da moto, apenas por precaução, informo valor mais baixo.
Acho que consigo convencer o pessoal.
Aí nessa cidade, deixamos a BR 153 e tomamos a TO 050.
O sol castiga a região nesta época, que sente a falta
de chuvas. O calor é quase insuportável. Em Brejinho de Nazaré, uma estratégica
parada para saborear uma água de coco geladinha. Humm, que delícia!
Água de coco prá refrescar, em Brejinho de Nazaré-TO |
Chegando a Palmas, fomos recepcionados pelo nosso
amigo Diomar Naves, que nos aguardava em Taquaralto, com sua possante Suzuki
Boulevar 1500 negra, a famosa “Tereza”. Não o conhecíamos pessoalmente, somente
pela internet, através de seus relatos de viagens. Ele foi muito gentil
conosco, e nos hospedou em sua chácara Raízes. Uma beleza de moradia, a uns
cinco quilômetros de Palmas, rodeada de muito verde, e o mais absoluto
silêncio. Ideal para repousar. E é disso que precisamos.
Chegando em Palmas, fomos recepcionados pelo Diomar |
Seguindo nosso anfitrião em direção à sua Chácara |
Diomar e seu piano, e boa música para todos nós. |
Quarta-feira, 22 de agosto. Hoje é dia de citytour, de
moto, por Palmas. Com o nosso amigo Diomar, lá fomos nós conhecer a capital
mais nova do Brasil, fundada em 1989. Cidade planejada, tem avenidas largas e
rotatórias ajardinadas. E aproveitamos a oportunidade, e a disposição do nosso
guia, para fazer a foto em frente ao palácio Araguaia, sede do governo
estadual, localizado na Praça dos Girassóis.
Palácio Araguaia, sede do governo do estado do Tocantins |
Diomar nos levando aos principais pontos da cidade |
Praia em Palmas, no lago formado pela represamento do rio Tocantins |
À noite, jantar em grande estilo na Chácara, com as
ilustres presenças da Elsa, a namorada de Diomar, que além de excelente
cantora, é cozinheira de alto nível: o risoto de carne de sol estava supimpa! Com a presença do Rogério, nosso sobrinho e afilhado, que mora e trabalha aqui em Palmas. E
Diomar abrilhantou a noite com sua viola, nos brindando com a boa música
brasileira. Tudo perfeito!
Áurea e Elsa, grandes cantoras |
Diomar e sua viola |
Quinta-feira, 23 de agosto. Como sempre acontece no
mês de agosto, o dia amanheceu com fortes ventos por aqui, entortando ainda
mais as já retorcidas árvores do cerrado. Juntos com Bastião e sua filhinha
Agnes, fomos explorar os arredores da chácara, buscando árvores nativas de
pequi e caju. Tem muitas por aqui. O pequi ainda está verde, impróprio para o
consumo. Mas o caju já está no ponto. Frutas amarelas e vermelhas enfeitam as
árvores e perfumam o ambiente. Saborosas, doces, muito boas para consuma in
natura, como em forma de refresco.
Na parte da tarde, fomos pescar no Grande Tocantins.
Somos inexperientes, mas sempre é muito agradável pescar. Principalmente na
companhia de amigos, e de boa cerveja gelada. Como resultado, pescamos quatro
peixes. Quatro cachorras, que lutaram com valentia, mas finalmente foram
vencidas e trazidas para bordo. Oportunamente vamos degustá-las.
Pescando no rio Tocantins |
Esta cachorra caiu no meu anzol |
E à noite, aniversário de Elsa. Ela nos recebeu em sua
residência para comemorar a data. Muitos amigos, muita alegria, muita
felicidade. E nós colhemos da oportunidade para fazer novos amigos, entre os
amigos de Elsa e Diomar.
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