34º e 35º dias da viagem
Deixamos para trás uma Potosi já bastante tranqüila, se recuperando da agitação dos últimos dias, quando sediou o festival denominado Ch´utillos, onde milhares de pessoas e devotos de São Bartolomeu, se divertem nas ruas, acompanhados por bandas de música típica, danças corporais, morenadas, diabladas, e outras.
Até Cochabamba, serão 525 quilômetros de muitas curvas e poucas retas.
Parada para almoço em Oruro, no restaurante Nayjama, cuja especialidade da casa é assado de cordeiro. Pedimos uma paletita. Estava deliciosa.
Faltando uns cem quilômetros para Cochabamba, um fato nos chamou à atenção. É normal, tanto no Peru quanto na Bolívia, encontrarmos à beira da estrada, pastores com seus cães cuidando de rebanhos de lhamas, alpacas, cordeiros e ovelhas. Mas agora, apenas cães. Muitos cães, espalhados, como que a cada meio quilômetro, havia um, sentado, pacientemente olhando o trânsito dos veículos. Mais tarde fomos saber, que são cães de rua, que vivem ali, à beira da estrada, esperando que os viajantes lhes atirem um pedaço de pão, ou algum outro tipo de comida.
Em Cochabamba nos hospedamos no Hotel Portales, o mesmo que em 2005 ficamos com nossos amigos Juan e Eluise, Edgar Xará, e Rubão 55 Milhas, quando voltávamos dos encontros em Cusco, no Peru, e Cuenca, no Ecuador.
E hoje foi dia de Citytour, para conhecermos um pouco desta maravilhosa cidade, a terceira mais populosa da Bolívia (menor apenas que La Paz e Santa Cruz), procurada por milhares de jovens, inclusive muitos brasileiros, para cursarem medicina.
Dom Armando foi o nosso guia. Com muita paciência e profundo conhecimento da cidade, levou-nos a apreciar os pontos mais importantes, como o Cristo de La Concórdia (Estátua parecida com o Cristo Redentor, rosto com traços indígenas, o maior do mundo), a Plaza 14 de Setiembre, o Mercado Las Canchas, o Palacete Los Portales (construído em 1925 por Simón Patiño, o “Rei do Estanho”, um dos homens mais ricos do planeta, e o monumentos Heroínas de La Coronilla, na Colina San Sebastian, que homenageia as mulheres de Cochabamba, que lutaram e venceram os espanhóis numa batalha em maio de 1812.
E culminou nossa visita com um almoço típico boliviano, no restaurante Punto de Encontro, onde pudemos apreciar um “Charque”: prato feito à base de charque de carne de rês, cortado em delicadas fatias, assado em forno até ficar crocante e que se dissolve na boca, isento de gorduras, servido sobre uma cama de papas (batatas) ao vapor, ovos cozidos, choclo hervido (milho cozido) e uma generosa porção de um queijo branco muito suave. E para acompanhar, uma geladíssima Taquiña, a cerveja local feita com água da Cordilheira dos Andes. Nota dez.
Amanhã iremos até Santa Cruz de La Sierra.
Gostei da receita do "charque". Dá pra fazer aqui. Vamos tentar, quando vcs voltarem. Abração e continuem fazendo uma excelente viagem.
ResponderExcluirOlá Roque! Aquele charque estava bom demais. Melhor ainda se pudéssemos dividir com os amigos. Forte abraço, Osmar e Terezinha
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