quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

San Cristóbal de Las Casas

San Cristóbal de Las Casas
De Frontera Corozal seguimos para San Cristóbal de Las Casas, por uma rodovia asfaltada, bastante sinuosa, com muitas lombadas, mais curvas e mais lombadas, porém com pouco movimento, sempre encostada na fronteira com a Guatemala. E lombadas traiçoeiras, sem sinalização.
A cada cinqüenta quilômetros mais ou menos, havia retém do exército. Na maioria deles, apenas as perguntas de praxe: donde vêm, para onde vão. Em outros, precisamos descer e todo o carro e bagagens revistados. A forte presença do exército, às vezes marinheiros também, na verdade, nos transmitiam muita segurança.
Lá pelas tantas, compramos porções de coco seco, em lascas, que Sandra misturou com suco de limão e chile (espécie de pimenta em pó), para ir comendo e espantar o sono. Magnífica combinação.
À metade da tarde, chegamos a San Cristóbal de Las Casas. Fundada pelos espanhóis em 1.528, manteve-se isolada geograficamente por séculos, ainda conserva a charmosa atmosfera colonial. Aqui aconteceram muitos conflitos entre os descendentes de espanhóis e os indígenas locais. Também, foi aqui o início do levante zapatista em 1.994.
O clima é ameno. A cidade está situada a 2.300 msnm.
Ao final da tarde, visitamos o templo de Santo Domingo, erguido no século XVI. É a mais destacada igreja da cidade, tem fachada em tons rosados e interior dourado, estilo barroco, com muitas peças valiosas no altar.
Estamos hospedados no Hotel Villa Real, e por aqui vamos nos “quedar” por duas noites.

Igreja de San Francisco, em San Cristóbal de Las Casas

Arcos de Carmen


Yaxchilán

A Zona Arqueológica de Palenque abrange uma área de milhares de quilômetros quadrados, dos quais apenas um por cento foi explorado. O restante da área está ainda toda coberta por densa vegetação, aguardando liberação de recursos para que seja devidamente explorado.
Iniciamos nossa visita bem cedo. Acompanhados de guia devidamente credenciado para tanto, percorremos as principais atrações do sitio, e ficamos impressionados com o que vimos.
Palenque é tudo o que um sítio arqueológico deve ser: é misterioso, solene, preservado e situado em meio à densa floresta tropical mexicana. Destaque para o templo das Inscrições, templo do Sol, e templo do Jaguar.
À tarde, fomos até a localidade de Frontera Corozal, em Ocosingo, Estado de Chiapas, México, onde tomamos uma embarcação, navegamos por uma hora pelo rio Usumacinta para visitar a cidade de Yaxchilán. Situada no centro da floresta de Lacandón, é um dos sítios maias mais impressionantes. Só pode ser visitada de avião ou com barco.
Erguida entre 350 e 800 D. C., a cidade se destacou no século VIII sob o comando de seus reis mais famosos:      “ Escudo Jaguar”  e seu filho “Pássaro Jaguar”.
Estamos hospedados no hotel cabanas Escudo Jaguar Centro Ecoturístico (www.escudojaguarhotel.com).
A infraestrutura do local é precária: não tem caixas eletrônicos, não se aceita cartões de crédito, não tem supermercado e nem posto de gasolina. No outro lado do rio, está a Guatemala.
Templo das Inscrições, em Palenque

Ceiba, a árvore sagrada dos Maias

Templo das Inscrições


Placa às margens da Rodovia


Templo 33, em Yaxchilán (também conhecido como Acrópole)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Palenque

E hoje tocamos até a cidade de Palenque, onde visitaremos, amanhã, a Zona Arqueológica. No trajeto, rápida parada na cidade de Becal, famosa por seus chapéus panamá. Tecidos a mão, artesanalmente, com a fibra jipi-jap, estes “sombreros” ficaram mundialmente famosos por causa dos trabalhadores do Canal do Panamá, que os usavam. As fibras da palmeira usadas na fabricação dos chapéus são separadas e trançadas em cavernas, onde o calor e a umidade as deixam mais flexíveis. Podem ser enrolados e dobrados, e depois recuperam a forma original. Dizem que os melhores e mais finos (tipo cinco fios) podem ser enrolados a ponto de passar por uma aliança masculina.
Situada ao norte do Estado de Chiapas, a seis quilômetros a oeste da cidade de Palenque, está a Zona Arqueológica. Formosas selvas com abundante flora e fauna, arroios e rios de águas cristalinas, são as características deste lugar.
O nome de Palenque vem do povoado de Santo Domingo de Palenque, fundado pelos Padres Domincanos em 1.564. Atualmente é “Patrimônio Cultural da Humanidade”, declarado pela UNESCO.
Os Mayas se estabeleceram nas últimas elevações da serra de Chiapas, às margens do belo rio Otulum, de águas cristalinas, aproximadamente no ano 100 A. C.
A Cultura Maya Palencana floresceu em seu período Clássico entre os anos de 600 e 700 D. C., deixando para a humanidade arquitetura, arte, astronomia, incorporação do zero ao sistema numérico, calculo do tempo, escritura, cultura, etc.
Entre os anos 800 e 900 D. C. os palencanos emigraram até a Península de Yucatán, abandonando seus grandes monumentos por razões que permanecem em mistério.
Em Palenque, estamos hospedados no CHAN-KAH Resort Village (www.chan-kah.com.mx). Recomendo.
Escolhendo um legítimo "Panamá", em Becal

Conduzindo bagagens, no hotel Chan-Kah, em Palenque.

Mérida

Tendo em vista o cancelamento do passeio em moto, do grupo de motociclistas amigos de Manuel, fizemos algumas alterações em nossos planos.
No sábado fomos (eu, Terezinha, Manuel e Sandra) em carro até Gualdalajara, onde tomamos um avião até Cancun, e lá alugamos um carro, para percorrer a Península do Yucatan. Desta forma, ganhamos alguns dias.
Chegamos em Cancun no início da noite, contratamos um Nissan Tiida (novinho) e com ele fomos até Mérida, cidade fundada em 1.542 pelo conquistador Francisco Montejo, sobre ruínas de uma aldeia maia.
No domingo visitamos Celestún, onde a maior atração são os flamingos, e no restante do dia, percorremos as principais ruas de Mérida, que já abrigou mais milionários por quilômetro quadrado do que qualquer outro lugar do mundo.
Terezinha com Sandra e Manuel no Aeroporto de Guadalajara

Sopa de Lima, iguaria de Mérida

Flamingos, em Celestun

Olho d´agua, em Celestun

San Miguel de Allende

Importante cidade colonial, repleta de mansões grandiosas e belas igrejas, todas ligadas por estreitas ruas de pedra. Atualmente é um grande ponto de atração turística (aqui vivem muitos aposentados norteamericanos), foi importante parada dos comboios de mulas que levavam ouro e prata à capital e voltavam com preciosidades européias. A ativa vida cultural mistura o charme tradicional com o ar cosmopolita da grande população não mexicana.
Almoçamos no tradicional restaurante Mama Mia (rua Umaran, nº 8), onde pudemos apreciar a sopa de tortilhas, aliás, a especialidade da casa. Riquissima!
Catedral em San Miguel de Allende

Na estátua de Pedro Vargas, grande compositor mexicano


Sopa de tortilhas

Rua em San Miguel de Allende

El Villano

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Guanajuato

A mais bonita das cidades da prata do México sobe de uma garganta para morros sem vegetação que no passado proveram um quarto da produção de prata da Nova Espanha. Os donos de minas semearam nas ruas estreitas e sinuosas e nas praças daqui, mansões magníficas e igrejas imponentes. Depois, a prosperidade deu-lhe lindos traços do final do século 19 e se rasgou uma criativa rede de galerias subterrâneas para superar sua geografia desigual. O resultado é um lugar sem semáforos nem luminosos, tombado pela Unesco com 1988 como Patrimônio da Humanidade. (México - Guia Visual, Folha de São Paulo).
A viagem de Florianópolis a León de Los Aldama seria tranqüila, não fosse por um detalhe: uma de nossas malas extraviou. Chegar no aeroporto e ficar olhando para a esteira de bagagens, esperando ansiosamente pelas malas, é um stress danado, que se torna em desespero quando somos avisados que toda a bagagem já foi entregue. Funcionária da companhia aérea diz para não nos preocuparmos, que ela nos será entregue no dia seguinte. Quero só ver! Isto nos aconteceu na Cidade do México.
Depois de rápida escala em Guarulhos, e troca de aeronave na Cidade do México, aqui estávamos. No aeroporto, nosso amigo Manuel Quintana nos aguardava. Estamos hospedados em sua residência, onde somos tratados como verdadeiros príncipes, por ele e por sua esposa Sandra.
Ontem foi dia de passeio. Com nossos anfitriões, fomos a Guanajuato, capital do estado homônimo, que se prepara para o grande acontecimento que está por vir: mês que vem, receberá a visita do Papa Bento XVI.
Andamos a pé por ruelas sinuosas, muito estreitas, deslumbrando-nos com a arquitetura desta preciosidade colonial. Em especial, conhecemos o Hotel San Diego, onde em novembro do ano passado, aconteceu o Encontro anual dos Fazedores de Chuva, do qual lamentavelmente não pudemos participar. Que lástima!
Completando nosso dia, passamos no aeroporto em León, em busca da nossa mala desaparecida, e qual o quê, lá estava ela nos esperando. Ufa!
Hoje conhecemos o centro de León, a maior cidade do Estado. Também passeamos a pé pelo Centro Histórico, e conhecemos a Catedral e a Igreja do Expiatório. Muito bonitas.
Com o Seresteiro Solitário, em frente ao Teatro Juarez, em Guanajuato

"Calle do Beso", em Guanajuato.

Escadarias da Universidade de Guanajuato

Terezinha com nossos anfitriões, Manuel e Sandra, em Guanajuato

Igreja do Expiatório, em León

Curtindo música mexicana, com trio de artistas de rua

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Arriba México!

Nosso amigo de León, Grande Cacique Fazedor de Chuva Manuel Quintana, El Médico Brujo, nos convida para acompanhar seu grupo de motociclistas Iron Wings, em passeio pelo Sudeste Mexicano, principalmente pela Península do Yucatán. E nos envia o roteiro a ser cumprido pelo grupo:
Dia 1: León-Tlacotalpan - 842 Km. 8.5Hs.  $853 peaje - hotel Doña Lala $863.00;
Dia 2: Tlacotalpan-Escàrcega - 660Km. 7Hs. $291 peaje - hotel Escàrcega $400.00;
Dia 3: Escàrcega-Mahahual - 380Km. 5Hs. hotel 40 Cañones $800.00;
Dia 4: Mahahual.....................................................
Dia 5: Mahahual-Bacalar - 100Km. 1.5Hs. hotel Rancho Encantado $1500.00;
Dia 6: Bacalar .......................................................
Dia 7: Bacalar-Kalakmul - 170Km. 2 Hs. hotel Puerta de Kalakmul $2,000.00;
Dia 8: Kalakmul-Palenque - 430Km. 5Hs. peaje $20.00 - hotel a escoger. Uno muy chingòn, Chan-Kah $1720.00, otro, Quintan Express D´Marco $635.00;
Dia 9: Palenque-Frontera Corozal - 165Km. 2 Hs. Hotel Escudo Jaguar $428.00. Antes de llegar conocer Bonampak Y Lacanja;
Dia 10: Temprano conocer Yaxchilan y traslado a Las Guacamayas, menos de 100Km, centro ecològico, hotel Las Guacamayas $1224.00;
Dia 11: Guacamayas-San C. de las Casas - 350Km. 4.5Hs. hotel por decidir;
Dia 12: San Cristóbal de las Casas ..........................
Dia 13: San Cristobal-Mazunte - 600Km. 6.5Hs. peaje $246.00. hotel Casa Pan de Miel $1236.00;
Dia 14: Mazunte.....................................................
Dia 15: Mazunte-Taxco - 760Km. 9Hs. peaje $450.00 - hotel lo decidimos al llegar;
Dia 16: Taxco-Leòn x toluca y Qro - 500Km. 5.5Hs. peaje $283.00, y colorìn colorado.
Convite aceito, passagens compradas. Sairemos de Florianópolis dia 21 de fevereiro, às 6:20 da madruga, voando TAM até a cidade do México com escala em Guarulhos, e de lá, com a AeroMéxico até León, onde chegaremos às 19:30 horas.
Analisando rapidamente o roteiro montado pelo amigo, nota-se a ausência de pontos turísticos famosos, como Cancún por exemplo, e a inclusão de muitos completamente desconhecidos por nós. Conhecendo Manuel, sabendo do conhecimento que ele tem do seu país, sei que procurou evitar lugares muito concorridos, e caros, preferindo outros, tão bonitos e interessantes quanto, porém menos movimentados e mais baratos.
Com certeza, vamos conhecer o Mar do Caribe e zonas arqueológicas maravilhosas, nos deliciar com as picantes comidas mexicanas, desfrutando a vida com os bons amigos.
Com Manuel e Sandra, em Uruguaiana